Tudo sobre terapia para síndrome do pânico

03/02/2024 às 15:45 Terapias

Tudo sobre terapia para síndrome do pânico

O peito aperta, o coração acelera, as mãos formigam, e o medo de perder o controle ou mesmo morrer se torna sufocante. É a partir deste momento que muitas pessoas recorrem a diferentes tipos de terapia para síndrome do pânico.

O transtorno que afeta entre 2% a 4% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), preocupa profissionais da saúde.

Mas, a boa notícia é que hoje já existem diversas possibilidades de terapia para síndrome do pânico.  Por isso, no conteúdo de hoje, trazemos o guia completo sobre o tema, para você que enfrenta o transtorno direta ou indiretamente, no atendimento a seus clientes, por exemplo. 

Neste conteúdo você irá conferir:

  • O que é a síndrome?

  • Diferenças entre ansiedade e síndrome do pânico

  • Fatores de suscetibilidade

  • Entendendo a neurociência da síndrome do pânico;

  • Hipnose para síndrome do pânico

Boa leitura!

O que é a síndrome?

Descrita no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria, a síndrome do pânico é um transtorno mental caracterizado por crises de ansiedade repentinas e intensas, que ocorrem inesperadamente e sem um motivo aparente.

Essas crises são acompanhadas de sintomas físicos e emocionais, como:

  • Medo intenso e súbito de morrer, perder o controle ou ficar louco;

  • Palpitações, falta de ar ou asfixia;

  • Sudorese;

  • Tremores;

  • Sensação de tontura;

  • Sensação de formigamento ou dormência nas extremidades;

  • Sensação de calor ou frio;

  • Dor no peito;

  • Náusea ou vômito;

  • Sensação de vertigem;

  • Sensação de estar fora do corpo;

  • Sensação de estar prestes a perder o controle.

Tratamento para síndrome do pânico

Diferenças entre ansiedade e síndrome do pânico

A ansiedade e a síndrome do pânico são dois transtornos mentais que estão relacionados, mas que apresentam diferenças importantes.

A principal entre elas é a intensidade dos sintomas e a imprevisibilidade da sua ocorrência. Os sintomas da síndrome do pânico tendem a ser mais intensos do que de uma ansiedade, e não precisam de uma causa lógica e concreta para ocorrer, enquanto os sintomas da ansiedade são geralmente causados por situações de estresse ou ameaça.

Além disso, os sintomas de ansiedade podem durar por longos períodos, já as crises de pânico duram de 10 a 30 minutos.

Se você quiser se aprofundar no transtorno de ansiedade, recomendamos a leitura do seguinte conteúdo sobre terapia para ansiedade.

Fatores de suscetibilidade

Ainda que possa afetar indivíduos de diversas origens, algumas pessoas podem apresentar uma maior suscetibilidade devido a fatores como:

  • Histórico Familiar: A presença de casos de síndrome do pânico ou outros transtornos de ansiedade na família pode indicar uma predisposição genética, aumentando a vulnerabilidade.

  • Eventos Traumáticos e Estresse: Situações de estresse significativo, como traumas psicológicos, perdas importantes ou mudanças drásticas na vida, podem desencadear o desenvolvimento da síndrome do pânico.

  • Traumas Passados: Indivíduos que vivenciaram experiências traumáticas, como abuso físico, sexual ou emocional, especialmente durante a infância, podem apresentar maior propensão à síndrome do pânico.

  • Transtornos Mentais Comórbidos: A presença de outros transtornos mentais, como depressão, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou transtorno de ansiedade generalizada, pode aumentar a probabilidade de desenvolver a síndrome do pânico.

  • Fatores Biológicos: Alterações no funcionamento do sistema nervoso central, desequilíbrios neuroquímicos e sensibilidade a determinadas substâncias podem desempenhar um papel na suscetibilidade à síndrome do pânico.

Entendendo a neurociência da síndrome do pânico

Do ponto de vista da neurociência, a síndrome do pânico está associada a complexas alterações nos sistemas nervoso e cerebral. Diversos componentes neurobiológicos desempenham papéis cruciais nessa condição.

Os neurotransmissores, substâncias químicas responsáveis pela comunicação entre os neurônios, desempenham um papel essencial. Desregulações nos níveis de serotonina, norepinefrina e GABA foram associadas à síndrome do pânico. A serotonina, por exemplo, está envolvida na regulação do humor e da ansiedade.

A amígdala, uma região cerebral associada ao processamento emocional, é frequentemente hiperativa em pessoas com síndrome do pânico. Isso pode levar a interpretações exageradas de estímulos como ameaçadores, desencadeando respostas de luta ou fuga, mesmo em situações não perigosas.

Além disso, anormalidades na regulação do sistema nervoso autônomo, responsável por funções automáticas como frequência cardíaca e respiração, contribuem para os sintomas físicos dos ataques de pânico.

A compreensão desses aspectos neurobiológicos não apenas lança luz sobre os mecanismos subjacentes à síndrome do pânico, mas também orienta a importância de abordagens de terapia para síndrome do pânico mais direcionadas, como terapias medicamentosas, psicoterapia e até mesmo a hipnose clínica, para o tratamento eficaz dessa condição.

Hipnose para síndrome do pânico

Entender a síndrome do pânico envolve mergulhar nas complexidades da mente, especialmente no terreno menos explorado e mais subterrâneo: o subconsciente. 

Esta esfera abriga experiências passadas, traumas e crenças profundamente arraigadas que muitas vezes permanecem fora do alcance da consciência. Aqui, reside a origem de muitos desafios emocionais, incluindo a síndrome do pânico.

A psicoterapia surge como uma ferramenta essencial para desvendar essas camadas emocionais, oferecendo insights e estratégias para compreender e transformar padrões negativos. No entanto, é na hipnose que encontramos uma abordagem distinta, capaz de explorar e reprogramar diretamente os elementos do subconsciente associados à síndrome do pânico.

Durante a indução hipnótica, o hipnoterapeuta guia o cliente para um estado de relaxamento profundo, permitindo o acesso ao subconsciente. Nesse estado, exploram memórias, traumas ou eventos emocionais associados à síndrome do pânico, identificando a origem emocional do gatilho mental, ou seja, o evento causador inicial. 

Uma vez identificada essa origem, o terapeuta pode utilizar diferentes técnicas para ajudar o cliente a reinterpretar a experiência de maneira saudável e adaptativa.

Além de desvendar as origens emocionais profundas da síndrome do pânico, a hipnoterapia destaca-se pela rapidez com que pode iniciar seu impacto positivo. 

Já na primeira sessão, muitos clientes relatam uma sensação de alívio e uma mudança perceptível em sua resposta emocional aos gatilhos. Essa eficácia quase imediata é um dos aspectos notáveis da hipnose, proporcionando aos indivíduos uma experiência tangível de transformação desde o início do tratamento.

Para ilustrar de maneira mais palpável como a hipnose é aplicada como terapia para síndrome do pânico, convido você a conferir um vídeo de um atendimento ao vivo realizado durante o Curso de Hipnose do IBND, ministrado pelo especialista Rodrigo Huback.


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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