Tipos de aprendizagem

27/08/2021 às 20:28 Hipnose

Tipos de aprendizagem

Diferentes indivíduos aprendem de formas diferentes, por isso, pesquisas têm se dedicado a entender como ajudar um aluno a compreender de forma significativa. E você, conhece os tipos de aprendizagem? Veja abaixo!

A aprendizagem humana

O interesse humano para compreender a realidade e o modo como o homem constrói conhecimento é tema de estudo desde a Antiga Grécia, a partir da ideia de Sócrates de que o homem deve conhecer primeiro a si mesmo para depois conhecer o mundo.

Com o século XIX e o desenvolvimento de disciplinas científicas, incluindo a Psicologia, que foram fortemente influenciadas pelo pensamento filosófico em seu pensar sobre o aprendizado humano, logo a concepção de como se aprende não está concentrada em uma única teoria, dada a dificuldade da coexistência com diferentes ideias, concepções e teorias que explicam a aprendizagem humana.

Desde a década de 1950 pesquisas foram realizadas sobre o estilo cognitivo e o nível cognitivo como diferentes níveis de habilidades cognitivas que podem levar a diferentes níveis de desempenho. Hoje sabe-se que existem diferentes formas de apreender e aprender os dados de uma dada realidade, uma vez que a cognição está associada ao modo como a pessoa adquire, armazena e usa o conhecimento, de forma útil em sua vida e para trazer maior resiliência.

Estilos cognitivos

Os estilos cognitivos mais estudados referem-se a três dimensões: impulsividade e reflexividade de resposta; convergência e divergência de pensamento; independência e dependência de campo. A primeira dimensão citada está relacionada ao tempo de execução de uma tarefa, sendo que na impulsividade ocorre um baixo tempo de latência entre a apresentação da tarefa e a resposta, enquanto que a reflexividade da resposta estaria relacionada à ponderação prévia de uma resposta. Na segunda dimensão, a convergência aparece associada ao pensamento lógico, ou seja, o raciocínio e o pensamento divergente aparecem associados à criatividade. E, contextos de aprendizagem com maior ou menor estruturação estariam relacionados à independência e dependência de campo, a terceira dimensão.

Como aprendemos?

Aprendemos de diversas formas, portanto, alguns autores formularam uma “pirâmide” de como apreendemos o conhecimento. Veja abaixo:

  • 10% quando lemos;
  • 20% quando ouvimos;
  • 30% quando observamos;
  • 50% quando vemos e ouvimos;
  • 70% quando discutimos com outros;
  • 80% quando fazemos;
  • 95% quando ensinamos aos outros.

Desafios ao estudo

Distrações podem ser um grande empecilho para os estudos, sendo assim, um dos grandes vilões são os smartphones. No entanto, cada estudante deve avaliar quais estímulos são fontes de distração para poder pensar em estratégias de como evitá-los durante os estudos.

A procrastinação é outro vilão dos estudos e está associada à falta de gestão do tempo. A procrastinação é prejudicial ao funcionamento do indivíduo e pode ter consequências graves como tensão familiar, problemas de saúde, irritabilidade, pensamentos de inutilidade, medo de fracassar, sentimentos de culpa, sensação de incompetência, angústia, insegurança, desregulação do sono, tensão e nervosismo, entre outros.

Aspectos emocionais

Aspectos emocionais também podem afetar os estudos, além dos fatores que coincidem com a etapa da vida do indivíduo na universidade. Alguns dos fatores biopsicossociais que podem atrapalhar os estudos são: início da vida adulta, distância da família e amigos, exigências da formação universitária, problemas financeiros, conciliar trabalho e estudos, grande quantidade de atividades para estudar as disciplinas e outros.

Como estudar melhor?

Alguns pontos precisam ser avaliados e, quando implementados, podem contribuir para os estudos, tais como:

  1. Organização do ambiente: o local escolhido, iluminação, posição, objetos e sons são variáveis que podem facilitar ou atrapalhar sua atenção/concentração e, consequentemente, sua aprendizagem e qualidade de vida.

Procure um ambiente calmo e sem distrações. O ideal é que você tenha um local fixo para estudar, com uma mesa e materiais necessários para utilizar durante o estudo. Isso o ajudará a manter o hábito. Tenha um ambiente ergonomicamente adequado, ou seja, um ambiente adaptado para a sua atividade de estudo. Mantenha o seu ambiente sempre limpo, organizado e arejado. Você irá passar muito tempo nesse local e é importante que se sinta bem e evite distrações com objetos desorganizados. Evite a companhia de outras pessoas que não estejam na mesma atividade de estudo. Um local com pessoas em outras atividades gera ruídos ou conversas que podem tirar o seu foco e atenção. Se você tiver dificuldades em manter um local nessas condições dentro de casa, procure bibliotecas ou espaços que tenham as características e os aparatos necessários para o seu estudo.

  1. Organização do tempo: faça uma análise de toda a sua rotina para entender quais são as tarefas que precisa cumprir, quanto tempo você tem disponível para cada uma delas e o que você deve fazer para dar conta de tudo. Visualizar isso de forma mais clara pode facilitar muito a sua vida.
  2. Defina as suas prioridades: na hora de definir suas prioridades, você deve pensar tanto no aspecto acadêmico/profissional quanto no pessoal. Não se esqueça que o seu bem-estar também é fundamental.
  3. Elabore um planejamento: divida o seu tempo entre todos os seus afazeres como estudar, comer, dormir, lazer, organizar sua casa, trabalhar, fazer tarefa com os seus filhos, etc. Quando for planejar os estudos, analise qual o período do dia é mais propício e reserve um tempo mínimo diário para a atividade, além de elaborar um cronograma dos conteúdos que você tem, sobretudo para não deixar que eles se acumulem.

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Referências:

CARVALHO, B. et al. Cartilha com orientações para estudantes sobre planejamento de estudos e manejo do tempo. UFRA. 2021.

NATEL, M.C. et al. A aprendizagem humana: cada pessoa com seu estilo. Rev. psicopedag. 2013;30(92).

SCHMITT, C.S. & DOMINGUES, M.J.C.S. Estilos de aprendizagem: um estudo comparativo. Avaliação. 2016;21(2).


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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