A hipnose pode ser usada como terapia para depressão? Descubra neste guia!
A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma importante para a carga global de doenças. Por isso, buscar conhecimento sobre terapia para depressão é essencial.
No mundo, 4,4% da população sofre com depressão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2023, mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, convivem com o transtorno de humor.
No Brasil, a prevalência de depressão é ainda maior: 5,8%, o equivalente a 11,7 milhões de brasileiros. Isso significa que, em média, 1 em cada 17 brasileiros sofre com depressão, segundo o IBGE.
Neste conteúdo do Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento (IBND), você vai ler sobre:
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Depressão x Tristeza
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Os perigos do autodiagnóstico em saúde mental
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A importância de uma rotina com hábitos saudáveis
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Sintomas e diagnóstico da depressão
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A vida após o diagnóstico de depressão
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Terapia para depressão: descubra os efeitos poderosos da hipnoterapia
Depressão X Tristeza
Ser dispensado do emprego, perder um ente querido, terminar um relacionamento. Estas são situações que deixam qualquer indivíduo triste. Mas, como diferenciar um episódio de tristeza de um quadro de depressão?
Muitas vezes, as pessoas usam os termos "depressão" e "tristeza" de forma intercambiável, quando na realidade são conceitos distintos.
A tristeza é uma reação natural quando passamos por momentos difíceis, como os exemplos acima. É, portanto, o efeito natural de uma causa específica e pode durar algumas horas ou até alguns dias, dependendo do acontecimento que a desencadeou.
Por sua vez, a depressão é uma doença por definição, e a tristeza é apenas um dos muitos sintomas dessa doença.
Diferente da tristeza, a instalação de um quadro depressivo não depende de um acontecimento específico, ainda que existam algumas possíveis causas, tais como a deficiência na produção de algumas substâncias no cérebro, herança genética e fatores ambientais.
A depressão, sem o tratamento correto, pode durar meses ou anos, afetando diversos aspectos da vida: saúde, trabalho, relacionamentos, vida social, etc.
É por isso, que a terapia para depressão deve ser buscada para que a doença não se agrave, causando impactos cada vez mais significativos na vida do indivíduo.
Os perigos do autodiagnóstico em saúde mental
Com o acesso à informação na ponta dos dedos, muitas pessoas recorrem à internet para entender e justificar suas dificuldades cotidianas e seus comportamentos.
No entanto, o autodiagnóstico em saúde mental é uma prática arriscada.
Os sintomas da depressão podem se sobrepor a outras condições ou até mesmo a momentos de tristeza comuns.
Diagnosticar-se erroneamente pode levar a escolhas inadequadas de tratamento e atrasar a obtenção de ajuda profissional, impactando negativamente a saúde mental a longo prazo.
Logicamente, é importante que busquemos informações (não estamos falando que isso não possa ser feito). A grande questão é: o que você irá fazer após ter essas informações em mãos?
O mais indicado é buscar ajuda especializada desde o início da sua preocupação. Pois, caso você seja diagnosticado, somente um profissional poderá te ajudar a encontrar a melhor forma de terapia para depressão.
A importância de uma rotina com hábitos saudáveis
Outro ponto também muito importante de tratarmos é: será que os sintomas que você entende como parte de um quadro de depressão não são, na verdade, o acumulado de uma rotina escassa de hábitos saudáveis?
Será que a tristeza, o desânimo, a irritabilidade, a baixa autoestima e o pessimismo, por exemplo, são sempre sintomas de uma condição depressiva?
A jornada da saúde mental é complexa e multifacetada, repleta de nuances que merecem atenção. É inegável que a depressão é uma realidade que afeta muitos, mas é igualmente crucial considerar outros elementos que podem desencadear sensações semelhantes.
A falta de uma rotina saudável, por exemplo, pode desempenhar um papel significativo.
Uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos e momentos de desconexão digital são elementos-chave que contribuem para a saúde emocional. Ignorar esses pilares pode resultar em um desequilíbrio que, por vezes, se manifesta como tristeza, fadiga e desânimo.
Sintomas e diagnóstico da depressão
Agora que compreendeu os riscos do autodiagnóstico e a importância dos hábitos saudáveis na rotina, podemos seguir em frente e falar sobre os sintomas da depressão, além de como é dado o diagnóstico para este transtorno.
A depressão é um transtorno mental grave que afeta o humor, os pensamentos e o corpo. Seus sintomas podem variar de pessoa para pessoa e também em termos de gravidade.
Alguns dos sintomas comuns incluem:
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Humor deprimido: sentimento persistente de tristeza, desesperança ou vazio.
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Perda de interesse ou prazer: diminuição do interesse em atividades que costumavam ser prazerosas.
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Alterações no sono: insônia (dificuldade em dormir) ou hipersonia (excesso de sono).
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Alterações no apetite: perda ou ganho significativo de peso sem motivo aparente.
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Fadiga ou falta de energia: sensação constante de cansaço e falta de energia.
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Sentimentos de culpa ou inutilidade: sentimentos intensos de culpa, inutilidade ou autocondenação.
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Dificuldade de concentração: dificuldade em se concentrar, tomar decisões ou lembrar-se das coisas.
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Agitação ou lentidão: inquietação constante ou lentidão nos movimentos e pensamentos.
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Pensamentos suicidas: pensamentos recorrentes sobre a morte ou o desejo de morrer.
O diagnóstico da depressão é geralmente feito por profissionais de saúde mental, como psiquiatras ou psicólogos. Eles podem usar critérios específicos do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) para avaliar se os sintomas atendem aos critérios para um episódio depressivo maior.
É importante notar que apenas um profissional de saúde qualificado pode diagnosticar a depressão. Se você ou alguém que você conhece estiver experimentando sintomas de depressão, é fundamental procurar ajuda profissional.
O tratamento pode envolver terapia para depressão, medicamentos antidepressivos, ou uma combinação de ambos, dependendo da gravidade e das características específicas do quadro clínico.
A vida após o diagnóstico de depressão
Viver com depressão pode ser uma jornada desafiadora, mas é crucial lembrar que há esperança e ajuda disponíveis para aqueles que enfrentam esse transtorno mental.
Após receber o diagnóstico de depressão, muitos indivíduos experimentam uma gama de emoções, desde o alívio de finalmente entender o que está acontecendo até a apreensão em relação ao que o futuro reserva.
No entanto, é importante destacar que a vida após o diagnóstico de depressão pode incluir uma trajetória de recuperação significativa.
Uma das peças fundamentais para a vida após o diagnóstico é buscar apoio profissional. Psicólogos, psiquiatras e outros profissionais de saúde mental desempenham um papel crucial no tratamento da depressão.
A terapia para depressão é eficiente no manejo dos sintomas depressivos, proporcionando ferramentas para lidar com padrões de pensamento negativos e promovendo a mudança de comportamentos prejudiciais.
Além do apoio profissional, é essencial construir uma rede de apoio pessoal. Familiares, amigos e entes queridos podem desempenhar um papel vital na jornada de recuperação, oferecendo compreensão, empatia e suporte emocional. A comunicação aberta sobre a depressão pode ajudar a dissipar o estigma associado à doença e criar um ambiente de compreensão e aceitação.
Além disso, estabelecer rotinas saudáveis, incluindo atividade física regular, uma dieta equilibrada e sono adequado, pode contribuir significativamente para o bem-estar emocional.
A aceitação do diagnóstico é um passo crucial na jornada de recuperação. Reconhecer que a depressão é uma condição médica tratável, e não uma fraqueza pessoal, permite que os indivíduos abracem os recursos disponíveis para eles. É um processo gradual, e cada pessoa terá sua própria trajetória única na busca do equilíbrio emocional.
Terapia para depressão: descubra os efeitos poderosos da hipnoterapia
Um estudo publicado na revista “Frontiers in Psychiatry”, em 2022, analisou 20 ensaios clínicos que compararam a hipnose à terapia para depressão tradicional e o uso de medicamentos.
Os resultados foram surpreendentes: a hipnose foi eficaz para reduzir os sintomas da depressão, com uma taxa de resposta de 52%, em comparação com 43% para a terapia tradicional e 40% para os medicamentos.
Mas, afinal, como funciona a terapia para depressão através da hipnose?
A hipnoterapia visa induzir um estado de relaxamento profundo e foco aumentado, conhecido como transe hipnótico, onde a mente está mais receptiva a sugestões positivas e mudanças cognitivas.
Dessa forma, essa ferramenta pode auxiliar no tratamento para depressão através de diversas maneiras; vejamos.
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Acesso a recursos internos: durante o transe hipnótico, o hipnólogo pode ajudar o cliente a acessar recursos internos, como resiliência, autoestima e força interior. Isso pode ser útil para promover uma visão mais positiva de si e aumentar a autoconfiança.
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Reestruturação cognitiva: a hipnoterapia pode ser usada para ajudar a reestruturar padrões de pensamento negativos associados à depressão. Os hipnólogos podem sugerir ideias positivas e construtivas para substituir pensamentos automáticos negativos.
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Exploração de causas subjacentes: a hipnose pode ser empregada para explorar e abordar causas subjacentes ou eventos traumáticos que possam contribuir para a depressão. Ao acessar memórias profundas, os hipnoterapeutas podem ajudar os indivíduos a processarem e integrarem experiências passadas de uma maneira mais saudável.
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Promoção do relaxamento: o estado de relaxamento profundo alcançado durante a hipnose pode ser benéfico para reduzir a ansiedade e o estresse, sintomas muitas vezes associados à depressão. O relaxamento pode ajudar a regular as respostas do corpo ao estresse, contribuindo para uma melhoria no bem-estar geral.
É importante notar que a hipnose terapêutica não é uma cura única para a depressão e é geralmente utilizada como parte de uma abordagem integrada que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos.
Quer aprender mais sobre a hipnose e como ela pode ser aliada no tratamento de transtornos de humor? Conheça o curso de hipnose do Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento (IBND).
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