A pandemia trouxe muitos desafios mundiais e demonstrou como precisamos avançar de forma unida para conseguirmos manter a sobrevivência e a qualidade de vida. Pessoas sem acesso à higiene, falta de máscaras e escassez de álcool em gel são alguns dos desafios que as pessoas têm enfrentado, além da fome, que retornou à mesa de muitos brasileiros. Será que a solidariedade é fundamental durante a pandemia?
O que é solidariedade?
A solidariedade é uma palavra de substantivo feminino que indica a qualidade de ser solidário, através de um sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros. A palavra tem origem no francês solidarité, que pode remeter para uma responsabilidade recíproca na solidariedade.
A qualidade de ser solidário também pode denotar:
- Estar disposto a ajudar em dadas circunstâncias;
- Compadecimento com as dificuldades e sofrimentos de outras pessoas;
- Assistência moral demonstrada em determinadas situações;
- Identificação com as misérias alheias;
- Conhecimento do sofrimento daqueles que são menos favorecidos;
- Partilha de interesses e opiniões;
- Propósito de ajudar, amparar, apoiar; entre outros.
A solidariedade é, portanto, um meio de exercer a empatia para com outras pessoas, diante da percepção de suas necessidades.
O homem moderno tem sofrido diversas transformações ao longo do último século, com avanços na ciência e da tecnologia, o desenvolvimento da sociedade e o amplo acesso às informações, o crescimento insustentável do consumo e uma sociedade cheia de riscos, no entanto, não extinguiu a necessidade humana fundamental de um impulso de afeição e espontaneidade nos relacionamentos com os outros. Por isso, a solidariedade ainda tem lugar presente nas relações interpessoais, pois nos vemos como seres coletivos que vivem em comunidade.
A solidariedade é um ato de bondade e compreensão com o próximo ou um sentimento de união de simpatias, interesses e propósitos entre os membros de um grupo. Também é sinônimo de cooperação mútua e interdependência.
No dia 20 de dezembro é celebrado o Dia Internacional da Solidariedade, dada ligada à Declaração Universal de Bioética e Direitos Humanos.
Solidariedade na pandemia
A pandemia apenas escancarou problemas existentes, o que dificultou negar a realidade para a maioria das pessoas. Em casos como este de calamidade pública, as pessoas tendem a se unir para ajudar-se mutuamente. Vamos ver de que forma isso tem acontecido na pandemia do coronavírus:
Ajudar o próximo é um dos atos mais recompensadores que podemos realizar e é extremamente reforçado ao longo do crescimento. Vai desde o simples ato de ser educado com alguém até se sensibilizar com a dor do outro. Muitas pessoas nem chegam a perceber o quanto seus atos de solidariedade podem repercutir e chegar até pessoas desconhecidas.
Apesar desse momento de crise mundial, muitas atitudes de empatia vêm sendo desenvolvidas para ajudar o bem estar e renovar as esperanças de diversas pessoas. Tais ações, como a distribuição de alimentos, consultas gratuitas, leilões beneficentes e arrecadações em prol dos que precisam, têm sido realizadas em diversas localidades do país.
Algumas ONGs realizam arrecadação de dinheiro e destinam a doação de alimentos para comunidades. Psicólogos de diversas localidades se colocaram à disposição para criar redes solidárias de apoio em tempos de isolamento social e dado o estado de saúde mental da população em geral, e em específico, dos profissionais da linha de frente. O atendimento predominante tem sido o online e pode ser realizado gratuitamente ou com valor social, simbólico, para aqueles que necessitam de ajuda e apoio psicológico.
Empresas também têm abraçado causas para doações de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como aventais cirúrgicos, capas plásticas, kits de roupas descartáveis, máscaras cirúrgicas, entre outras.
O que fazer para ajudar?
Dentre as ações que fazem a diferença neste momento, as pequenas diferenças são as mais importantes. Muitas pessoas pensam que uma pequena ação não vai impactar em nada, mas somadas fazem uma grande diferença.
Ajudar outras pessoas gera um sentimento de gratificação que gera um sentimento de propósito e união, por isso, vamos ver algumas dicas para você fazer o bem e praticar sua solidariedade com segurança e com a certeza de que causará impacto significativo na vida de alguém:
- Faça doações para organizações de caridade: projetos voltados para arrecadar cestas básicas, materiais hospitalares, entre outros;
- Verifique se as organizações que estão arrecadando recursos são confiáveis e estão mesmo realizando as doações;
- Se puder, doe sangue, algo extremamente importante para salvar vidas;
- Apoie pequenas empresas da sua cidade, trocando grandes empresas e redes por pequenos comerciantes;
- Compartilhe suas ações nas redes sociais e incentive outras pessoas a fazerem o mesmo;
- Esteja presente, mesmo que de forma virtual: nem sempre ajudar nessa pandemia é doar algo, mas sim, prestar um ombro amigo para aqueles momentos em que estamos necessitando.
- Se cuide! Cuidar de si também é cuidar do outro. Pratique os hábitos de higiene, isolamento social, use máscara e se possível: permaneça em casa e ajude a parar a propagação do vírus.
Lembre-se de que a quantidade doada não é o mais importante e, sim, a sua intenção!
Conscientização
O principal ponto da solidariedade é prestar assistência às pessoas menos favorecidas do que você, mas parte da percepção da realidade em que estamos vivendo no contexto atual. Em momentos difíceis como este aparecem lampejos de esperança em meio ao turbilhão de informações duras, frias e muitas vezes tristes. De fato, o primeiro passo para a solidariedade é a empatia, o ato de tentar experimentar de forma racional o que o outro sente, ou seja, tentar se colocar no lugar do outro de maneira a se sensibilizar com sua dor.
É esse movimento interno de se colocar no lugar do outro que se concretiza na ação de tentar ajudar, amenizar ou diminuir a dor ou necessidade de outro. É um olhar de afeto sobre essas necessidades e perpassa uma avaliação dos recursos pessoais que podem ser compartilhados.
Percepção de recursos
Quanto maior a autopercepção dos próprios recursos, cresce a motivação para ajudar, principalmente pela sensação gratificante de ser útil e estar “multiplicando” o conhecimento ou ação doada.
Por isso, o autoconhecimento é um processo recomendado para quem quer doar. Tire um tempo do seu dia para reavaliar as suas condições, privilégios e possibilidades, e dê o primeiro passo. Caso não consiga realizar esse processo sozinho, procure um profissional da saúde e do bem estar, como coaching ou hipnose.
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Referências:
LEGAL, C.O.B.S. & TEIXEIRA, C.F.S. A solidariedade: uma perspectiva inovadora na gestão e organização das ações de Vigilância Sanitária. Ciênc. saúde. colet. 2017;22(10).
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