Já ouviu falar sobre uma síndrome chamada FoMO? Sabe o que a palavra significa?
Vamos ver um pouquinho dessa síndrome abaixo! FoMO é uma abreviação das palavras em inglês Fear of Missing Out, cuja tradução literal significa “medo de estar perdendo alguma coisa”. É um tipo de ansiedade social descrita pela primeira vez em 2000 pelo autor Dan Herman, e é um dos principais sintomas do uso excessivo das redes sociais, que pode causar angústia, mau humor e até mesmo depressão. Essa síndrome, como também é considerada, tem sido identificada mais comumente entre jovens de até 34 anos de idade, mas pode afetar a todos que utilizam das tecnologias de comunicação.
Causa
A FoMO é um tipo de ansiedade social baseada na crença de que os outros podem estar se divertindo enquanto a pessoa com ansiedade não está presente, ou medo de perder uma oportunidade de interação social, de vivenciar algo novo e/ou de obter um investimento de sucesso. A partir desse medo, o indivíduo tem medo de escolher se participar é ou não a melhor escolha. Alguns especialistas cogitam a hipótese de que a relação dos seres humanos com a tecnologia é ainda muito nova e imatura, o que explicaria o surgimento de síndromes como esta.
A FoMO pode influenciar negativamente a saúde e o bem estar, e pode causar danos pontuais ou a longo prazo com relação aos níveis de satisfação do indivíduo.
Redes sociais
As redes sociais são ótimos ambientes com gatilhos para esse tipo de ansiedade social, já que estão cheias de exposições das atividades realizadas por outras pessoas. Com o crescimento da exposição pública e de fácil acesso a todos, e com pessoas cada vez mais expondo apenas os aspectos positivos de suas vidas e vivências, a FoMO pode vir à tona ou mesmo ser intensificada.
A pessoa com a síndrome de FoMO tende a ter a necessidade de sempre atualizar suas redes sociais para ficar ciente do que os outros estão fazendo. Dessa forma, a angústia se manifesta quando não há a possibilidade de se comparar com a vida de demais pessoas, além de poder ser seguida do comportamento compulsivo de não desgrudar os olhos da tela do smartphone.
Autossatisfação
Algumas teorias psicológicas determinam que a satisfação do indivíduo depende, em parte, de sua competência, autonomia e capacidade de se relacionar, já que são três das necessidades humanas universais. Uma satisfação psicológica inerente e de base pode ser determinante para que o indivíduo desenvolva ou não a FoMO. Por outro lado, jovens e homens estão mais propensos a relatar os sintomas da síndrome do que as mulheres.
Os quadros de FoMO podem ter sido agravados devido ao isolamento social durante a pandemia do covid-19, já que muitas pessoas perderam o contato social direto, o que gera uma ansiedade por medo de perder o que seus colegas podem estar fazendo.
Fluxo
Quando o internauta passa a sentir medo de perder algo no ambiente online (por exemplo, ao ver pessoas viajando, enquanto ele sente que não consegue realizar nada em sua vida), a sentir necessidade de sempre estar atualizado e a par do que está acontecendo no ambiente virtual é importante procurar ajuda de um especialista da saúde ou psicoterapeuta para verificar se estes não são sintomas que estão invadindo sua vida pessoal e afetando sua saúde mental.
Sintomas
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Alguns dos sintomas mais comuns de pessoas com FoMO são:
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Dedicar tempo excessivo às redes sociais;
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Aceitar propostas para encontros sociais apenas por medo de perder alguma coisa ou ser excluído;
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Usar o celular o tempo todo, mesmo durante refeições, trabalho ou dirigindo;
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Não viver o momento e ficar focado em registrar esses momentos para publicar nas redes sociais;
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Espera constantemente novas notificações no celular;
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Irritabilidade excessiva e preferir o isolamento.
Riscos
Por medo de perder algum acontecimento relevante, algumas pessoas utilizam o celular enquanto dirigem para não perder nenhuma oportunidade de estar a par de tudo. Ao longo do tempo, a pessoa que apresenta essa síndrome passa a apresentar mau humor, ansiedade, estresse, tédio e solidão, e em casos graves, pode acarretar um quadro depressivo.
Utilizar as redes sociais com inteligência envolve o medo de perder algo no ambiente em que atua e sentir necessidade de sempre atualizar suas redes sociais para ficar por centro do que estão fazendo.
Público
Problemas de vício com as redes sociais não são um problema exclusivo de adolescentes. Segundo a pesquisas nos USA e na Europa, as principais vítimas da FoMO possuem faixa etária de 18 e 34 anos de idade, ou seja, a geração denominada “Millenial”.
A síndrome não interfere apenas na vida pessoal do usuário, mas também pode colocar questões como a carreira e a vida profissional em risco.
Pessoas “hiperconectadas” são as mais propensas a apresentarem sintomas de FoMO. Aplicativos contendo fotos e vídeos são os que mais provocam sentimentos de ansiedade, depressão, má qualidade do sono e insatisfação com o próprio corpo.
Mas como diminuir o nível de FoMO na sua vida?
Vício
Simples, buscando a redução da exposição e risco no uso de seu aparelho eletrônico; buscando ajuda médica e psicológica. Também é possível monitorar a quantidade de tempo visando reduzir o tempo “online”.
Autocuidado
A principal chave para sair da FoMO é deixar de se comparar com outros e focar em si, o autoconhecimento também pode ser um grande aliado nessa jornada. Conscientize-se de quando esse medo vem à tona e quando a ansiedade está presente.
Veja algumas outras coisas que você pode fazer para evitar a FoMO:
- Focar na vivência dos momentos em si, e não na divulgação dos mesmos;
- Priorize estar presente com as pessoas próximas de você;
- Reduza o seu tempo de tela. Alguns aplicativos já tem a opção de registro das horas de uso das redes sociais, utilize-os a seu favor;
- Se conscientize de que as pessoas que postam nas redes sociais não tem uma vida perfeita, enquanto a sua não dá certo. Lembre-se de que elas apenas escolhem os melhores momentos para compartilhar;
- Ocupe seu tempo livre com atividades offline, como ler, caminhar ou passar tempo com seu animal de estimação.
Se você identifica em si alguns sinais da FoMO procure um profissional da saúde para ter uma melhor qualidade de vida. Acolha a si mesmo e lembre-se de que nem tudo é aquilo que parece!
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