Existem diversas unidades de medida sobre os tipos de inteligência que podem nos beneficiar no dia a dia e no desempenho funcional. Você conhece essas medidas de inteligência? Então dá uma olhada!
Medidas de inteligência
Durante a década de 1980, pesquisadores da Universidade de Harvard, liderados pelo psicólogo Howard Gardner, identificaram que a inteligência possuía outras ramificações, além do quociente intelectual. Assim, formulou-se a teoria das inteligências múltiplas, para apresentar pelo menos mais 8 formas de inteligência humana, tais como: a lógico-matemática, linguística, musical, espacial, corporal-cinestésica, intrapessoal, interpessoal, naturalista e existencial.
Com relação ao termo “inteligência”, Gardner afirma que esta implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou cultura. Foi um termo utilizado até o final do século passado, comumente, para a descrição das destrezas mentais de si e dos outros, contudo sem precisão. A concepção de inteligência vem mudando na sociedade ocidental, deixando de ser uma compreensão rápida, astuta e sábia. No fim, a inteligência se relaciona com a capacidade de escolher entre várias alternativas a melhor, deliberando os prós e os contras diante de cada decisão para precisar consequências futuras. Veja abaixo um pouco mais sobre os tipos de inteligência.
Quociente de Inteligência (Q.I.)
O Q.I. ou quociente de inteligência é uma medida padronizada para avaliar as capacidades cognitivas, a forma como os processos mentais se organizam para perceber, aprender, recordar e pensar sobre uma informação captada através dos cinco sentidos. É um valor obtido por meio de testes desenvolvidos para avaliar as capacidades cognitivas de um sujeito, sendo a expressão do nível de habilidade de um indivíduo num determinado momento em relação ao padrão comum à sua faixa etária, o produto final de uma complexa sequência de interações entre fatores ambientais e hereditários. De acordo com a classificação originalmente proposta por Davis Wechsler, os valores indicariam:
- QI acima de 130: superdotação
- 120 - 129: inteligência superior
- 110 - 119: inteligência acima da média
- 90 - 109: inteligência média
- 80 - 89: embotamento ligeiro
- 66 - 79: limítrofe
- 51 - 65: debilidade ligeira
- 36 - 50: debilidade moderada
- 20 - 35: debilidade severa
- QI abaixo de 20: debilidade profunda
Durante muito tempo, foi considerada a única inteligência humana, concebida a partir da ideia de que o homem nasce com certo número de neurônios, que vai decaindo ao decorrer da vida.
Quociente Emocional (Q.E.)
A inteligência emocional é a habilidade de lidar com as emoções intrapessoais e interpessoais, ou seja, com as suas próprias emoções e com as emoções dos outros. Foi muito explorada desde a década de 1990, a partir do livro Inteligência Emocional de Daniel Goleman. Dessa forma, busca-se a capacidade de gerenciamento das emoções para que elas trabalhem a nosso favor, e tem sido um fator de grande valorização e diferencial na contratação e na empregabilidade de muitos profissionais hoje em dia. É uma habilidade em constante desenvolvimento.
O Q.E. dá uma percepção de nossos sentimentos e dos sentimentos dos outros. Permite a empatia, a compaixão, a motivação e a capacidade de reagir apropriadamente à dor e ao prazer.
Quociente de Adaptabilidade (Q.A.)
O Q.A. mede não apenas a capacidade de absorver novas informações, mas de descobrir o que é relevante, deixar para trás noções obsoletas, superar desafios e fazer um esforço consciente para mudar. Esse quociente envolve também características como flexibilidade, curiosidade, coragem e resiliência. Também pode se considerar a capacidade de se posicionar e prosperar em um ambiente de mudanças rápidas e frequentes, sendo um indicador de sucesso a longo prazo. A pessoa capaz de se adaptar não apenas absorver novas informações, mas descobre o relevante, deixar para trás noções obsoletas, superar desafios e fazer um esforço consciente para mudar, envolvendo características como flexibilidade, curiosidade, coragem e resiliência.
No mundo corporativo, o Q.A. está sendo cada vez mais buscado na hora da contratação. De acordo com o estudo da IBM, 5.670 executivos em todo o mundo classificaram as habilidades comportamentais como as mais críticas para a força de trabalho atualmente, e a principal delas era a capacidade "de ser flexível, ágil e adaptável à mudança". Dessa forma, para evitar a obsolescência, os trabalhadores que cumprem essas funções precisam desenvolver novas habilidades, como a criatividade para resolver novos problemas, empatia para se comunicar melhor e responsabilidade. Ou seja, usar a intuição humana para complementar o trabalho das máquinas. Alguns autores relatam que toda profissão vai exigir adaptabilidade e flexibilidade, do setor bancário às artes.
Quociente Espiritual (Q.S.)
Do inglês Spiritual Quotient, o Q.S. é a medida de inteligência espiritual, ligada à inteligência existencial, que não está ligada à religião mas, sim, com o propósito e um sentido de vida.
Pessoas com alto quociente espiritual são mais capazes de usar o espiritual para direcionar sua vida e suas questões pessoais. Consequentemente, lidam melhor com suas emoções e com as emoções dos outros. Isto porque através do quociente espiritual desenvolvemos nossos valores éticos e crenças que vão influenciar nossos comportamentos e ações. A inteligência espiritual é que permite integrar as emoções intrapessoais e interpessoais, diminuindo a distância entre o eu e o outro.
Dentre as características de pessoas espiritualmente inteligentes, estão: a estimulação e prática do autoconhecimento mais profundo, vê as adversidades como possibilidade de alavanca, são holísticas e analisam as situações a partir de um contexto mais amplo.
O quociente espiritual nos permite ser seres humanos criativos, que mudam as regras e alteram situações. Nos dá a capacidade de escolher, de senso moral, de temperar normas rígidas com compreensão e compaixão, além da capacidade de saber quando a compaixão e a compreensão chegaram aos seus limites.
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Referências:
CARVALHO, T.R. Do quociente intelectual entre alunos. Arq. Neuro-Psiquiatr. 1951;9(2).
MAIA, A.C.B. & FONSECA, M.L. Quociente de inteligência e aquisição de leitura: um estudo correlacional. Psicol. Reflex. Crit. 2002;15(2).
SILVA, M.R.L. & GUILHERME, A.A. Inteligência espiritual na educação. IV SIPASE. sem data.
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