Uma das técnicas da programação neurolinguística (PNL), a reimpressão pode levar você mais longe. Já conhece essa técnica? Então vem dar uma olhada!
Quem é Robert Dilts?
Robert Brian Dilts é um autor, trainer e consultor de programação neurolinguística desde sua criação em 1975 por John Grinder e Richard Bandler. Dilts foi aluno de Milton H. Ericksson e Gregory Bateson, formulando inovadoras aplicações da PNL para a educação, criatividade, saúde e liderança, além de participação significativa no trabalho original das técnicas da Estratégia e Sistema de Crenças, e o desenvolvimento do que ficou conhecido como “PNL Sistêmica”. Algumas das suas técnicas e modelos incluem: Reimprinting, Integração das Crenças Conflitantes, Prestidigitação Linguística, Estratégia de Soletração, Técnica de Alergia, Níveis Neurológicos, Ciclo da Mudança de Crença, Padrões Generativos da PNL, Teoria do Campo Unificado para a PNL e muitos outros.
O que é a impressão?
A impressão em PNL decorre do inglês imprint e constitui-se no momento em que um indivíduo passa por uma experiência significativa à qual associa forte emoção e a partir dela, forma um ou mais crenças. Ou seja, é um incidente significativo ocorrido no passado, durante o qual se formou uma crença ou um grupo de crenças.
Segundo Robert Dilts, a maioria dos métodos de cura física ou psicológica partem do pressuposto de que comportamentos atuais são muitas vezes criados ou moldados por comportamentos e incidentes passados. Assim, o importante não é o conteúdo da experiência em si, mas a crença ou impressão gerada a partir desta, ou seja, às conclusões a que o indivíduo chegou a partir desta experiência.
Desenvolvimento do conceito
Konrad Lorenz introduziu o conceito de impressão a partir de estudos com patos no momento em que saíam do ovo. O autor concluiu que no momento de nascimento, os patos imprimiam a figura materna, e que se um pato estiver perto no momento em que outros estão saindo do ovo, este passava a se comportar como a mãe dos patinhos. Assim, Lorenz verificou que os patinhos "imprimiram" as botas que ele usava no momento em que saíram do ovo e então passaram a segui-lo, como se as botas fossem a "mãe". Ele tentou apresentá-los à mãe-pata, mas eles a ignoravam e continuavam a segui-lo. Lorenz acreditava que as impressões ocorriam em momentos importantes do desenvolvimento neurológico e que não era possível alterá-las posteriormente.
A abordagem de Leary
Um psicólogo americano chamado Timothy Leary estudou o fenômeno da impressão em seres humanos e descobriu que estes possuem um sistema nervoso mais sofisticado e por isso, o conteúdo de suas impressões poderia ser acessado e reprogramado (reimpresso). Leary também identificou períodos críticos no desenvolvimento dos seres humanos. As impressões ocorridas nesses períodos geram crenças básicas, que moldam a personalidade e inteligência do indivíduo: crenças sobre ligações sentimentais, bem-estar, destreza intelectual, papel social, e outros.
Impressões e crenças
Assim, as impressões denominadas “positivas” podem gerar crenças úteis, ou experiências traumáticas podem conduzir a crenças limitantes. Na maioria das vezes, envolvem pessoas significativas, que inconscientemente podem ter servido de modelo.
A diferença entre uma impressão e uma lembrança ruim, tal como uma fobia, é que na impressão associa-se uma crença à lembrança, em geral uma crença de identidade.
Segundo Dilts, a parte mais difícil da mudança de qualquer sistema de crenças é o fato de que a impressão pode não estar no nível consciente. Os comportamentos mais importantes são geralmente os mais cotidianos, assim, quando usamos estes como âncora para nos levar a lembranças passados, as experiências que nos lembramos primeiro nos levam a impasses, até nos questionarmos o porquê de fazermos algo que fazemos, sendo uma abordagem para levar a pessoa ao “local correto” em termos de identificação das circunstâncias nas quais se criou a crença limitante que afeta a qualidade de vida e a resiliência do indivíduo.
A reimpressão na PNL
Uma técnica utilizada pela PNL chamada “reimpressão” (do inglês reimprint) é utilizada de forma a guiar o indivíduo ao passado, até o momento onde passou pela experiência de impressão. É uma forma de regressão feita conscientemente, com o indivíduo consciente e acordado, totalmente no controle da situação. Ao voltar ao fato, o indivíduo pode descobrir recursos que ele e as demais pessoas envolvidas teriam precisado naquela época para que ele não se sentisse daquela maneira.
Assim, a reimpressão é utilizada no tratamento de traumas, crenças limitantes, sentimentos e comportamentos persistentes na vida adulta (como timidez, insegurança, agressividade e alguns casos de fobia). Ela permite retroceder no tempo e descobrir a experiência geradora de tais crenças, sentimentos e comportamentos, os quais o indivíduo não consegue alterar pelo simples esforço consciente e compreensão intelectual.
Objetivo da reimpressão
Para Robert Dilts, o objetivo da reimpressão é dar a pessoas novas escolhas na sua maneira de pensar sobre a experiência que causou a impressão. Tais novas escolhas ajudam a pessoa a mudar as crenças sobre si mesma, sobre o mundo e sobre as outras pessoas que lhe serviram de modelo. Para fazer uma reimpressão é necessário acrescentar os recursos que teriam sido necessários no momento da experiência para que a pessoa tenha mais escolhas sobre seu comportamento. Assim, a reimpressão é um modo de mudr a história de vida de uma pessoa através da identificação da crença associada à experiência passada, promovendo a oportunidade de ressignificar sua visão e escolher novas experiências em sua vida.
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Referências:
DILTS, R. et al. Crenças: caminhos para a saúde e o bem-estar. Editora Summus Editorial. 4ª edição. 1993.
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