Você já ouviu falar sobre essa abordagem da psicologia e como ela pode mudar a sua vida? Dá uma olhada!
Histórico da psicologia positiva
O movimento da Psicologia Positiva iniciou em 1998, quando o psicólogo Martin Seligman assumiu a presidência da Associação Americana de Psicologia (APA). Segundo ele, a psicologia vinha negligenciando o estudo dos aspectos virtuosos da natureza humana e as forças pessoais de cada indivíduo, e focando muito em aspectos “anormais” do ser humano.
A Segunda Guerra Mundial trouxe uma nova compreensão das aplicações da psicologia positiva, dando enfoque também em eventos negativos da vivência do indivíduo. Isso pois houve a necessidade de cuidar dos soldados que lutaram na guerra e, dessa forma, as pesquisas em patologia ganharam destaque, o que trouxe muitos benefícios como a descoberta para a cura de algumas patologias.
Recebendo influências da Psicologia Humanista, a abordagem de Seligman ficou conhecida como psicologia positiva por dedicar-se ao estudo dos estados afetivos e as virtudes positivas, como felicidade, resiliência, otimismo e a gratidão em pessoas, instituições e comunidades.
O que é psicologia positiva?
A psicologia positiva está em pleno processo de expansão como ciência psicológica, possibilitando uma reavaliação das potencialidades e virtudes humanas por meio do estudo das condições e processos que contribuem para a prosperidade.
A psicologia positiva é uma abordagem da psicologia que pretende contribuir para o florescimento e o funcionamento saudável das pessoas, grupos e instituições, preocupando-se em fortalecer competências ao invés de corrigir deficiências. É o estudo científico dos aspectos virtuosos usuais presentes nos indivíduos, que demonstra a preocupação central desse movimento, estudar o que é típico, ordinário e usual na maioria dos indivíduos, tendo nos aspectos típicos, os positivos.
Não significa que “o resto” da Psicologia é negativo, a psicologia positiva não tem por objetivo negar tudo o que é ruim, vai mal ou é desagradável na vida dos seres humanos, porque reconhece a existência do sofrimento humano, situações de risco e patologias, entretanto, pretende investigar a outra face dessas questões, tais como a felicidade o altruísmo.
Objetivos da psicologia positiva
A psicologia positiva é uma modalidade de tratamento que visa fortalecer os aspectos saudáveis e positivos dos indivíduos, construir e reconstruir as virtudes e forças pessoais, contribuindo para que os clientes encontrem recursos inexplorados para a mudança positiva.
Essa orientação da psicologia entende que os traços positivos e os comportamentos adaptativos são protetores contra os estressores e as dificuldades futuras. Dessa forma, ao tomar conhecimento dos aspectos positivos, as pessoas possuem melhor capacidade de lidar com eventos difíceis, se tornando agentes ativos, com resiliência, para a superação da vulnerabilidade e do risco.
Acredita-se que o foco nas experiências positivas pode contribuir para a prevenção e promoção de saúde, ajudando também nos mecanismos de enfrentamento das doenças. Também visa trazer elementos para a compreensão do bem estar subjetivo, estados cognitivos e emoções positivas.
Bem estar subjetivo
Um importante componente da Psicologia Positiva, o bem estar subjetivo também é chamado de felicidade, uma extroversão estável ou afeto positivo que parece estar relacionado com a sociabilidade e propicia uma interação natural e agradável com outras pessoas. O bem estar subjetivo pode favorecer a maneira como vemos a nós mesmos e outras pessoas, resultando em maior prazer para vivenciar as situações cotidianas e o relacionamentos com outras pessoas.
Pesquisadores afirmam que pessoas mais felizes têm mais amigos, tanto casuais como íntimos, permanecem casadas por um maior período e participam de mais atividades de grupo. Pessoas com o bem estar elevado parecem ter melhores relações sociais, as quais são fundamentais para boas relações sociais e qualidade de vida.
Não se trata apenas da ausência de depressão, mas da presença de um número de emoções e estados cognitivos positivos
Segundo Martin Seligman, a psicologia positiva propõe que o bem estar subjetivo pode ser medido por cinco fatores:
- Emoção positiva;
- Engajamento;
- Sentido na vida;
- Realização positiva;
- Relacionamentos positivos (relações com outros indivíduos).
Florescimento
A psicologia positiva trabalha no sentido de promover uma nova visão, o conhecimento de forças e virtudes que propiciam o “florescimento” das pessoas, comunidades e instituições. É uma condição que permite o desenvolvimento pleno, saudável e positivo dos aspectos psicológicos, biológicos e sociais dos seres humanos. Os indivíduos sentem uma emoção positiva pela vida, apresentam ótimo funcionamento emocional e social e não possuem problemas relacionados à saúde mental, vivendo mais intensamente do que meramente existindo.
Causas da felicidade
Alguns estudos buscam identificar as causas da felicidade. Quesitos como poder aquisitivo, que permite sobreviver com dignidade (com água, comida e saneamento básico) foram pesquisados e encontrou-se que o aumento do poder aquisitivo não tem correlação com um aumento significativo nos níveis de felicidade.
Outros aspectos considerados são idade e gênero, sendo que a idade não esteve correlacionada com bem estar e idade, mas em relação ao gênero existem níveis equivalentes de satisfação com a vida entre os dois gêneros.
Pesquisas apontam que nossos níveis de felicidade costumam ser estáveis e dependem menos de eventos externos do que se imagina. A experiência de “flow” ou fluxo foi observada indo de encontro ao conceito de engajamento da psicologia positiva e consiste em atividades desafiantes que exigem grandes competências de realização e compromisso, em que a pessoa apresenta total envolvimento e satisfação.
Resiliência
Um aspecto também considerado fundamental pela psicologia positiva é a resiliência, definida como contextos de mudanças significativas repletas de situações de risco e adversidade, em que o ser humano utiliza suas forças. Passar por momentos de crise e dificuldade nos fazem conhecer os pontos fortes e fracos, as forças e virtudes pessoais e isso produz efeitos importantes nas vidas das pessoas, já que favorece suas potencialidades, tornando-as mais fortes e produtivas.
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Referências:
CAMALIONTE, L.G. & BOCCALANDRO, M.P.R. Felicidade e bem-estar na visão da psicologia positiva. Acab. Paul. Psicol. 2017;37(93).
PALUDO, S.S. & KOLLER, S.H. Psicologia positiva: uma nova abordagem para antigas questões. Paidéia. 2007;17(36).
PASSARELI, P.M. & SILVA, J.A. Psicologia positiva e o estudo do bem-estar subjetivo. Estud. psicol. 2007;24(4).
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