O que é o movimento antinatalista?

01/10/2021 às 22:39 Hipnose

O que é o movimento antinatalista?

A enorme população mundial e a escassez de recursos levaram o ser humano a repensar sua relação com a procriação. Você conhece o movimento antinatalista? Então vem dar uma olhada!

Crescimento global

O fenômeno do crescimento populacional global tem sido alvo de diversas pesquisas. A Organização das Nações Unidas estima cerca de 7,874 bilhões de pessoas no mundo em abril de 2021 e a prospecção é que nos próximos 30 anos cheguemos a 2 bilhões de pessoas na Terra. Assim, têm-se buscado meios de intervenção e políticas públicas adequadas a cada localidade para o controle da natalidade, levando em consideração a disponibilidade de recursos naturais do planeta e a qualidade de vida daqueles já nascidos.

Políticas pró-natalistas

As políticas pró-natalistas são destinadas a propósito de aumentar os níveis de natalidade/fertilidade de uma área ou população. São encontradas em países cujo aumento natural da população é baixo ou há grande envelhecimento da população. Dentre as políticas pró-natalistas podemos destacar:

  • Aumento do período de licença maternidade;
  • Licença maternidade coberta para o primeiro filho;
  • Aumento de benefícios para crianças, levando os pais a se preocuparem menos com o custo de cuidar de seus filhos;
  • Agências de relacionamento mantidas pelo governo;
  • Esterelização e aborto desencorajados;
  • Abolição de planejamento familiar e gestão da população;
  • Pais com boa qualificação acadêmica recebendo mais benefícios por ter filhos.

Pró-natalistas encorajam as mulheres a ter um maior número de filhos, muitas vezes por negligenciar discussões a respeito do crescimento populacional, mesmo com diversos argumentos desfavoráveis a respeito.

Políticas pró-natalistas geralmente têm bases em um forte sentimento de nacionalismo, orgulho racial ou passagem de linhas étnicas, que procuram se propagar a partir da procriação.

Políticas antinatalistas

As políticas antinatalistas tem o objetivo reverso das pró-natalistas, ou seja, encorajar pessoas a planejar famílias menores, diminuir os níveis de fertilidade e reduzir o número de nascimentos. Estas tendem a ser encontradas em países com altos índices de nascimentos e crescimento populacional rápido.

  • Acesso à contracepção de baixo custo;
  • Criação de fácil acesso a clínicas de planejamento familiar;
  • Uso das mídias para promover famílias menores;
  • Educação gratuita em prol de famílias menores;
  • Acesso facilitado a saúde para pequenas famílias;
  • Promoção de serviços de esterilização;
  • Políticas públicas de planejamento familiar para a população;

Um ponto de vista interessante do antinatalismo é a preocupação com o bem estar e a qualidade de vida dos futuros cidadãos. Levando em consideração a má distribuição de recursos naturais e mesmo a escassez destes, como mostram as projeções em diversas pesquisas, além do aumento das catástrofes naturais devido às intervenções do homem na natureza, muitas pessoas têm feito a escolha de não ter filhos. Algumas pessoas veem na não-maternidade/paternidade uma forma de evitar que mais indivíduos e populações sofram com as péssimas condições de vida em que muitas populações vivem. Assim, levar em consideração as condições de vida atuais do planeta, além do acelerado crescimento populacional acaba sendo a principal motivação para não ter filhos.

Por que planejar famílias é importante?

Apesar das controvérsias a respeito do assunto, os desafios do planejamento familiar estão cada vez mais presentes. Programas para a redução das taxas de natalidade têm sido vistos como uma solução para muitos países, principalmente quando a fertilidade destes locais é maior do que o comum.

No Brasil a lei federal 9.263/96 garante que o planejamento familiar é um direito de todo cidadão e se caracteriza pelo conjunto de ações para regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem e pelo casal. Em outras palavras, planejamento familiar é dar à família o direito de ter quantos filhos quiser, no momento que lhe for mais conveniente, com toda a assistência necessária para garantir isso integralmente. Assim, o planejamento familiar é crucial para que a pessoa ou o casal tenha acesso às melhores alternativas para que seus planos se realizem, seja tendo filhos ou não, e não se aplica apenas ao desejo de aumentar a família, mas também quando não há essa vontade.

Ponto de vista centrado nas mulheres

O controle da natalidade é uma das grandes conquistas das mulheres ao longo do tempo, sendo uma das principais formas de respeitar as escolhas das mulheres, que até então eram subjugadas e vistas como apenas um meio para reprodução. Movimentos para aumentar o acesso a gravidez e o aborto seguros e todos as outras formas de contracepção são advogadas por essas mulheres. No entanto, a baixa qualidade da formação de alguns profissionais da saúde para incentivar a liberdade da mulher ao escolher o que quer fazer com seu corpo e o paradigma centrado na masculinidade e no machismo ainda colocam muitos desafios a serem enfrentados com relação aos direitos da mulher.

Para as mulheres, a questão central é pensar nas consequências biopsicossociais, políticas e econômicas de ter filhos.

O que é possível fazer?

É preciso aumentar o número de políticas públicas de controle de natalidade não-coercitivas, além de suporte para mulheres grávidas e para quem quer fazer aborto, não sendo obrigada a uma gestação indesejada. Casos de mulheres e até mesmo crianças que engravidaram a partir de abusos sexuais e que foram obrigadas a ter seus filhos repercutiram na mídia ultimamente, além dos casos em que países com a Argentina liberam o aborto legal. No entanto, as estratégias precisam ser coletivas, tanto educacionais para a população, quanto políticas públicas que permitam a desburocratização do planejamento familiar que levem em consideração a idade das mulheres, o estado civil, as relações maritais prévias e os níveis de gravidez, além da qualidade de vida e os objetivos de vida de tais mulheres.

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Referências:

BERER, M. Population and family planning policies: women-centered perspectives. Reproductive Health Matters. 1993;1.

Geography MYP. Pro-natalist and anti-natalist policies: Singapore. Disponível em: https://www.jkgeography.com/pro-natalist-and-anti-natalist-policies.html


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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