Cada vez mais temos visto surgir conceitos que visam a desconstrução de ideias instaladas entre a sociedade, tal como a chamada neurodiversidade, que chega para desconstruir a ideia de que indivíduos com funcionamento neurocognitivo divergente sejam caracterizados como portadores de transtornos ou pessoas doentes.
A neurodiversidade propõe que indivíduos autistas, portadores de TDAH e dislexia, por exemplo, não precisam ser curados, mas sim compreendidos em suas diferenças. Afinal, eles apenas representam uma forma de diversidade humana.
Este é um conceito que tem se mostrado fundamental no mercado de trabalho e, ao longo desta leitura, você compreenderá o porquê.
Quer conhecer mais sobre esse cenário? Convidamos os profissionais especialistas em neurociência do IBND - Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento para desenvolver este tema com mais aprofundamento. Acompanhe!
Trata-se de um movimento social?
Sim! A neurodiversidade é um movimento social que busca, antes de tudo, os direitos civis, igualdade, respeito e inclusão para os neurodivergentes.
O Autism Rights Movement (ARM), por exemplo, é um movimento social dentro do movimento da neurodiversidade que incentiva pessoas autistas e a sociedade a adotar uma posição amigável à neurodiversidade, aceitando o autismo como uma variação no funcionamento do cérebro, e não como um transtorno mental a ser curado.
Neurodivergente x Neurotípico
O indíviduo neurodivergente é aquele que possui uma configuração neurológica atípica, ou seja, diferente daquilo que é considerado o padrão para a sociedade. Além dos autistas, disléxicos, portadores de TDAH e até mesmo transtornos psicológicos, como o transtorno dissociativo de identidade, são enquadrados nesta definição.
Por sua vez, indivíduos neurotípicos estão dentro da faixa típica da neurologia humana. Um indivíduo neurotípico é aquele que possui desenvolvimento neurológico considerado “normal” ou “padrão” pela sociedade.
A importância da neurodiversidade no ambiente profissional
Ainda que mais bem aceitos pela sociedade, os indíviduos neurodivergente continuam a enfrentar muitos desafios no dia a dia. Afinal, grande parte das tecnologias e a forma como nos comunicamos, aprendemos e socializamos se baseiam em indivíduos neurotípicos.
Somado a isso, o discurso que associa às condições neurodivergentes a transtornos e doenças, contribuem ainda mais para a exclusão das pessoas neurodivergentes da vida em sociedade, sobretudo no mercado de trabalho, onde essa população ainda luta para ganhar espaço.
O despreparo de muitas empresas em lidar com a neurodiversidade e o preconceito acabam não proporcionando um ambiente em que esses profissionais possam se fixar e se desenvolver.
Além disso, segundo estudo da Cranfield University, no Reino Unido, pessoas neurodiversas temem ingressar em uma organização com medo do preconceito, hesitando até mesmo se candidatar para uma vaga e em revelar sua condição.
Está na hora de mudar essa realidade!
A neurodiversidade pode ser uma vantagem competitiva!
O olhar da neurodiversidade para o ambiente corporativo pode ser uma grande vantagem para as organizações. Isso porque, ao contratar pessoas neurodivergentes, as companhias conseguem chegar a soluções para problemas de uma maneira não tradicional e não óbvia, visto que estes indivíduos possuem habilidades únicas.
Grandes empresas como o Google, SAP, Amazon, JP Morgan, Microsoft e a SAP já implementaram iniciativas de neurodiversidade no ambiente de trabalho.
Todos conhecemos as vantagens que as organizações podem obter com a diversidade de experiências, formação disciplinar, gênero, cultura e certas qualidades individuais dos funcionários. E os benefícios da neurodiversidade são semelhantes.
Por terem cérebro programado diferentemente do cérebro dos “neurotípicos”, os neurodiversos podem trazer novas perspectivas para empresas que buscam criar ou reconhecer valor.
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Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica
Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.
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