Já ouviu falar sobre bipolaridade? Você sabe como esse transtorno funciona? Veja abaixo algumas noções do que é bipolaridade!
A caracterização dos transtornos afetivos e de personalidade estão crescendo conforme novas pesquisas vão surgindo.
A bipolaridade, também conhecida como transtorno afetivo bipolar, é um distúrbio psiquiátrico cujo principal sintoma é a alternância súbita entre episódios depressivos e a euforia (mania ou hipomania), sendo que em alguns períodos a pessoa pode não apresentar sintoma algum. Essas flutuações de humor refletem negativamente no comportamento e nas atitudes dos pacientes, cuja reação é desproporcional em relação aos fatos ou gatilhos que desencadeiam a crise.
Diagnóstico
O transtorno bipolar se inicia com uma fase aguda de sintomas que segue um curso de recaídas e remissões repetidas. Mesmo após a fase da mania, alguns pacientes têm remissões, sintomas residuais e para alguns a capacidade de funcionar bem no trabalho fica muito prejudicada.
O diagnóstico é feito por um psiquiatra, através da avaliação clínica baseada no levantamento da história do paciente e no relato dos sintomas por alguém que tenha presenciado as crises. Os sinais podem se confundir com outros transtornos mentais e o diagnóstico pode levar até 10 anos, e pode se manifestar tanto em homens, quanto em mulheres, principalmente na faixa dos 15 aos 25 anos, sendo mais incomum aparecer em crianças e pessoas mais velhas.
É importante lembrar que nem toda mudança de humor significa que a pessoa está com bipolaridade. Apenas a avaliação clínica e o diagnóstico diferencial é que vão afirmar o diagnóstico ou não.
No entanto, eventos estressantes da vida também podem estar associados ao desenvolvimento inicial dos sintomas e o agravamento posterior, assim como alguns fármacos podem chegar a influenciar o desencadeamento do transtorno.
Tipos
O manual de classificação diagnóstica, DSM-V, classifica a bipolaridade em dois tipos:
Transtorno bipolar tipo 1
O paciente apresenta períodos de mania, com duração mínima de sete dias, e fases de humor deprimido, que podem se estender de duas semanas a vários meses. São sintomas intensos e que provocam mudanças no comportamento e na conduta do indivíduo, o que pode comprometer relacionamentos familiares, afetivos, sociais e também o desempenho profissional, sua posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas com quem convive. Esse transtorno pode ser grave ao ponto de necessitar internação hospitalar por conta do grande risco de suicídios e de complicações psiquiátricas.
Transtorno bipolar tipo 2
Nesse transtorno, o indivíduo alterna entre episódios de depressão e de hipomania (um estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e às vezes agressivo), sem prejuízo maior para o comportamento e atividades do paciente.
Existem, ainda, os transtornos bipolar não especificado ou misto (onde os sintomas não são suficientes ou não duram o suficiente para dar uma diagnóstico) e o transtorno ciclotímico (um quadro mais leve de bipolaridade, com oscilações crônicas do humor, podendo ocorrer no mesmo dia).
Os ciclos de alternância entre um estado e outro pode variar em duração entre os pacientes. Alguns apresentam episódios infrequentes, ou seja, apenas alguns ao longo de toda a vida, enquanto outros possuem uma ciclagem mais rápida, pode ter em média 4 episódios por ano.
Mas quais são as causas da bipolaridade?
Ainda não se sabe a causa específica do transtorno bipolar, mas já se sabe que fatores genéticos (hereditariedade) e alterações cerebrais podem estar envolvidas, alterando o nível de vários neurotransmissores. No entanto, cenários comuns de desencadeamento do transtorno já foram observados em diversas pessoas com o diagnóstico, por exemplo: quando há episódios frequentes de depressão, no período pós-parto, estresse prolongado, remédios inibidores do apetite e disfunções na tireóide.
Veja abaixo alguns sintomas da bipolaridade:
1. Fase depressiva: humor deprimido, tristeza profunda, apatia, falta de interesse por atividades que antes sentia prazer em realizar, isolamento social, alterações no sono e no apetite, insônia, redução da libido, dificuldade de concentração, cansaço, sentimentos recorrentes de inutilidade, culpa excessiva, frustração e falta de sentido de vida, além de ideações suicidas.
2. Fase maníaca: euforia exuberante, com supervalorização da autoestima e da autoconfiança, pouca necessidade de sono, agitação, descontrole ao coordenar as ideias, não consegue focar a atenção, compulsão para falar, aumento da libido, irritabilidade e impaciência, comportamento agressivo, mania de grandeza. É nessa fase que os pacientes podem tomar atitudes que se reverterão em danos a si próprio e a pessoas próximas, como impulsivamente se demitir de um emprego, gastos descontrolados de dinheiro, envolvimentos afetivos apressados, atividade sexual aumentada e em casos mais graves delírios e alucinações.
3. Hipomania: apresentam sintomas semelhantes a fase da mania, porém mais leves e com menor repercussão nas atividades diárias e nos relacionamentos do paciente. Embora se mostre mais eufórico, falante, sociável e ativo do que o habitual, a crise em geral é breve e pode durar poucos dias.
Tratamento
Após realizado o diagnóstico clínico pelo psiquiatra, passa-se a buscar o controle do transtorno bipolar, já que este não tem cura. O tratamento foca no uso de medicamentos e na psicoterapia para mudanças no estilo de vida do paciente. É indicado não consumir substâncias psicoativas (como cafeína, anfetaminas, álcool, cocaína e outros) e desenvolver hábitos mais saudáveis de alimentação e redução do estresse.
O grande problema da bipolaridade é a instabilidade emocional recorrente. Para manter-se em equilíbrio, a pessoa com bipolaridade precisa seguir o tratamento à risca, mesmo que inicialmente os remédios não estejam fazendo efeito, pois estes podem demorar para atuar no organismo. Também é indicado que a família passe por um acompanhamento psicológico, para não se deixar afetar pelo transtorno e para ser orientada sobre como proceder diante das crises e no dia a dia com a pessoa com transtorno.
Dicas
Algumas atividades e terapias podem ser complementares ao tratamento medicamentoso como, por exemplo, praticar exercícios regularmente (o que ajuda a equilibrar os neurotransmissores), fazer caminhadas relaxantes, ter uma atividade de lazer saudável, ter uma alimentação balanceada, evitar consumir bebidas alcoolicas e complementar seu tratamento com massoterapia e até mesmo com chás naturais com propriedades calmantes, como a camomila e a erva-cidreira.
A bipolaridade é um transtorno real e pode afetar muito a vida da pessoa. Cuide-se, se você perceber algum desses sinais, procure um profissional da saúde e um profissional hipnoterapeuta. Se você tem mais curiosidade para saber como a hipnose pode te ajudar com a bipolaridade, faça nosso curso de hipnose sem sair de casa!
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