Você sabia que a música pode ajudar a entrar no estado de transe? Vem conhecer a musicoterapia e sua relação com a auto-hipnose!
O que é musicoterapia?
A musicoterapia é o uso medicinal da música por um profissional habilitado, visando atingir objetivos individualizados em uma relação terapêutica. Inclui a audição, a memorização, fazer questionamentos e expressar as emoções, tipicamente usados para administrar a atenção, o controle de emoções, o foco nos tópicos de interesse ou a comunicação de necessidades por parte do paciente. É uma prática terapêutica baseada em evidências científicas, que utiliza a música no tratamento e reabilitação de indivíduos. A musicoterapia é feita a partir dos efeitos causados no corpo pelas ondas sonoras e pelas associações mentais provocadas pelas músicas.
A musicoterapia no Brasil
A musicoterapia passou a ser reconhecida pelo Código Brasileiro das Ocupações desde 1972, quando surgiu o primeiro curso de graduação na área no Brasil. Foi instituída uma data nacional para comemorar o Dia do Musicoterapeuta: dia 15 de setembro.
A música e o cérebro
Ouvir músicas harmônicas estimula o cérebro a realizar processos de análise das letras, aumenta a imunidade do corpo e pode afetar o sistema de hormônios que são responsáveis pelo equilíbrio do corpo. A musicoterapia pode diminuir a pressão arterial em pacientes com acidente vascular cerebral, contribui para atingir um estado de relaxamento que reduz o estresse e a experiência da depressão. Este sentimento de calma é afetado pela produção de endorfinas, e pela estimulação do sistema límbico, responsável pelas emoções. Quando combinada à hipnose, pode reduzir a pressão arterial em pacientes hipertensos, entre outras possibilidades.
Como a musicoterapia pode ser realizada?
Em geral, músicas podem ser calmantes, relaxantes e inspiradoras. A musicoterapia pode ser facilitada pelo telefone ou em um setting terapêutico privado, promovendo o nível de conforto e descontração do paciente para atingir a resolução de seu sintoma e sua recuperação.
Durante as sessões de musicoterapia, são trabalhadas questões como contexto social, gosto pessoal, motivação e bagagem musical são levadas em conta,para facilitar a comunicação e o aprendizado do paciente e potencializar os resultados.
Benefícios da musicoterapia
Os inúmeros benefícios da música já são amplamente conhecidos e fazem parte de nossa rotina. Ela aumenta a concentração, auxilia o desenvolvimento motor e melhora a qualidade do sono, além de facilitar a interação social e dá mais disposição para o dia a dia. Além disso, a música utilizada de modo terapêutico tem vantagens que vão desde o desenvolvimento cognitivo até o alívio de dores crônicas e redução do risco de complicações cardíacas. Veja mais benefícios da musicoterapia:
- Estímulo do bom humor;
- Redução do estresse;
- Alívio de crises de ansiedade;
- Melhora da expressão corporal;
- Controle da pressão arterial;
- Aumento da capacidade respiratória;
- Alívio de dores de cabeça;
- Estímulo da coordenação motora;
- Auxílio na tolerância de dores crônicas;
- Auxílio na tolerância ao tratamento contra o câncer;
- Apoio ao tratamento de doenças neuropsiquiátricas;
- Melhora nos distúrbios comportamentais;
- Redução do risco de complicações cardíacas;
- Melhora na qualidade de vida.
Os impactos da musicoterapia
Cantar, tocar um instrumento ou simplesmente ouvir uma música ativa regiões do cérebro responsáveis pelas emoções e comportamentos sociais. Aumenta a produção de endorfina, que gera a sensação de prazer, auxilia no tratamento da depressão, estresse e ansiedade. Além disso, ativa memórias que podem prevenir doenças como o Alzheimer.
Músicas tristes ou felizes afetam a forma como enxergamos o mundo e influencia o humor, por isso, é preciso estar atento ao tipo de música utilizada na intervenção.
A auto-hipnose e a musicoterapia
A auto-hipnose é um exemplo de técnica onde se dá sugestões a si mesmo para entrar no transe hipnótico. É um dos modos mais práticos de inserir a hipnose em sua vida pessoal. Com a adição da musicoterapia e auto-hipnose, é possível estabelecer um ritmo cardíaco regular, trabalhando os sistemas e estimulando o cérebro a desenvolver processos que beneficiam o sistema imunológico e hormonal dos hipnotizados.
De acordo com o pesquisador Dr. Sky Chafin da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, os estilos de música clássica, pop e jazz são os mais indicados para relaxar. Com a música clássica, o corpo se prepara para relaxar diminuindo a pressão sanguínea e facilitando a entrada no estado de transe.
Eficácia da hipnose com meditação guiada
O uso terapêutico da meditação guiada e da hipnoterapia tem demonstrado significativos resultados para diminuir a pressão arterial e ajudar a controlar a hipertensão. A eficácia da hipnose se dá por ser segura, reduzir o fardo de uso de medicamentos e é efetiva para o controle da dor crônica, além de contribuir para diminuir os sintomas de asma, insônia, anorexia nervosa, bulimia, fumo ou consumo de tabaco e distúrbios de personalidade.
Como praticar a auto-hipnose?
Primeiramente, assim como na hipnose, é preciso que você tenha força de vontade para aplicar a auto-hipnose. Você pode iniciar colocando uma música calma, relaxante ou que traga boas emoções e sensações. Aos poucos, inicie um exercício de relaxamento corporal, respirando e trazendo o seu foco para cada parte do corpo. Verifique onde existem tensões e relaxe.
Acenda uma vela ou deixe a luz baixa, para que possa se concentrar em apenas um ponto. Olhe para a chama da vela por alguns segundos e retenha a imagem em sua memória. Fale de maneira pausada e calma as instruções para a auto-hipnose, levando-se ao estado de transe e respirando fundo.
Caso você perca a concentração, retorne a sua atenção para a música, o relaxamento e as auto-instruções de auto-hipnose.
Para encerrar a sessão, faça uma contagem de retorno, de 10 até 1, ou imagine-se subindo uma escada de dez graus, sendo que o último é o final da auto-hipnose.
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Referências:
PURNOMO, E. et al. The effectiveness of instrumental music therapy and self-hypnosis on decreasing blood pressure lovel among hypertension patients. International Journal of Nursing and Health Services. 2020;3(2).
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