Junho é o mês da Visibilidade Trans, quando a comunidade LGBTQIA+ se reúne para celebrar a liberdade para ser como se é. A data visa lutar pela aquisição de mais direitos a essa população e combater o preconceito. Você conhece os tipos de orientação sexual e de gênero? Veja abaixo!
Saindo da norma
Dentro da norma da sociedade atual, a heterossexualidade é tida como algo que não precisaria ser estudado, restando à ocupação deste local para a homossexulidade. Nessa perspectiva, a orientação sexual se caracterizaria como um fenômeno único, de modo que haveria uma resposta única para o desenvolvimento da mesma. Dentro desse ponto de vista, geralmente se chega à conclusão de que o comportamento homossexual seria uma anomalia e o heterossexual seria natural por sua explícita função reprodutiva.
Para entender o complexo fenômeno da orientação sexual, no entanto, é preciso sair dessa dicotomia que tenta se justificar do inato e do aprendido para justificar o preconceito. É preciso entender que a relação entre sexo (macho/masculino e fêmea/feminino) e orientação sexual não se estabelecem a partir de uma relação indissociável.
Orientação sexual
O “sexo” é utilizado para fazer a diferenciação genética e morfológica dos organismos entre homens e mulheres, ou interssexuais. Já a orientação sexual se refere à direção ou inclinação do desejo afetivo ou erótico de cada pessoa. De forma simples, pode-se afirmar que esse desejo, ao se direcionar pode ter como único ou principal objeto pessoas do sexo oposto (heterossexualidades), pessoas do mesmo sexo (homossexualidades) ou de ambos os sexos (bissexualidades). É um termo que tem sido utilizado pois permite a compreensão de que ser homossexua não foi uma escolha, mas é uma orientação a partir da qual o desejo da pessoa é orientado. É importante notar que a orientação sexual não nasce pronta, definida e acabada. Ao longo da vida vamos experienciando diferentes formas de vivenciar nossos desejos e a orientação se estabelece de forma mais fixa ou mais flexível, conforme as experiências vividas por cada um.
Gênero
Já o termo gênero geralmente se refere aos padrões comportamentais tipicamente atribuídos como masculinos e femininos de acordo com a frequência de emissão destes em homens e mulheres. Ao contrário da orientação sexual, a “identidade de gênero” se refere à forma como um indivíduo se percebe e se classifica como masculino, feminino ou não-binário.
Dentre os exemplos de padrões típicos de gênero, alguns são associados a constituição cerebral, como a agressividade, a força física, o comportamento parental, outros descrevem a preferência das meninas por brincadeiras sociointerativas, com temáticas domésticas e familiares, bem como a valorização da harmonia e da cooperação. Os meninos teriam uma predileção por brincadeiras de contingências físicas com temas fantásticos ou com uso predominante de ferramentas.
Mês da visibilidade
Desde 1993 a Classificação Internacional de Doenças (CID) não considera mais a homossexualidade como uma doença, deixando de considerá-la algo que deve ser tratado e pode ser curado. Em 1999, o Conselho Federal de Psicologia proibiu os psicológicos a submeterm pessoas a terapias “curativas” para converter sua homossexualidade.
A partir daí substituiu-se o termo homossexualismo para homossexualidade, reconhecendo que se trata de uma vivência/prática humana, uma característica natural da sexualidade das pessoas que nada tem a ver com doença, crime ou pecado.
Dessa forma, o mês da visibilidade trans vem para aumentar a resiliência, motivação e conscientizar as pessoas de que a homossexualidade é algo natural, que sempre existiu na história da humanidade e até mesmo em outras espécies, e que o preconceito e homofobia não se sustenta, apenas como uma visão fechada e maldosa. Por isso, vamos aprender um pouco sobre cada cor da bandeira da comunidade LGBTQIA+:
- Gays: homens que se sentem atraídos afetiva e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero.
- Lésbicas: mulheres atraídas afetiva e/ou sexualmente por pessoas do mesmo sexo/gênero.
- Bissexuais: pessoas que se relacionam afetiva e/ou sexualmente com pessoas de ambos os sexos/gêneros.
- Transsexuais: pessoas que possuem identidade de gênero diferente do sexo designado no nascimento. Podem manifestar o desejo de se submeterem a intervenções cirúrgicas para realizarem a adequação de seus atributos físicos de nascença à sua identidade de gênero constituída.
- Queer: pessoas que não se identificam com as normas de gênero, seja pela sua orientação sexual, identidade ou expressão de gênero ou características sexuais.
- Intersexo: são pessoas que naturalmente desenvolvem características sexuais que não se encaixam nas noções típicas de sexo feminino ou masculino, não se desenvolvem completamente como nenhuma delas ou desenvolvem naturalmente uma combinação de ambas.
- Assexuais: são indivíduos que experienciam a falta total, parcial ou condicional de atração sexual a qualquer pessoa, com pouco ou inexistente interesse nas atividades sexuais humanas, que pode ser considerada tanto uma orientação sexual, quanto a ausência desta.
- Não-binários: pessoas que não se identificam como sendo homens ou mulheres, mas algo além, tanto em sua orientação sexual quanto de identidade de gênero.
- Panssexuais: pessoas que sentem atração sexual, romântica ou emocional em relação às pessoas, independentemente do seu sexo ou identidade de gênero.
- Two Spirit: pessoas que vivenciaram a experiência de um espírito masculino e um feminino vivendo no mesmo corpo.
Parada Gay
A parada gay, também conhecida como marcha LGBTQIA+, é um evento aberto para celebrar a aceitação de gays, lésbicas, bissexuais, transgênero, não-binários e queer, entre outros, dentro da bandeira. Os eventos servem como demonstrações para obter direitos legais como casamento entre o mesmo sexo. A maioria das paradas gays no mundo acontecem anualmente, e algumas ocorrem em datas para comemorar a luta de pequenas minorias que lutaram contra o preconceito para que essa data fosse possível, em especial aos grupos que deram início à parada na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos. Os eventos têm crescido tanto nacional, quanto internacionalmente, com a conscientização da população.
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Referências:
MELO, T.G.R. & SOBREIRA, M.V.S. Identidade de gênero e orientação sexual: perspectivas literárias. Temas em Saúde. 2018;18(3).
MENEZES, A.B. et al. Relação entre gênero e orientação sexual a partir da perspectiva evolucionista. Psic. Teor. e Pesq. 2010;26(2).
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