Falta de libido: sinais, causas e consequências.

15/12/2023 às 15:33 Dicas

Falta de libido: sinais, causas e consequências.

A falta de libido afeta cerca de 15% dos homens e 25% das mulheres em todo o mundo, segundo a Pesquisa Global de Saúde Sexual e Reprodutiva, de 2022, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, uma pesquisa de 2021 realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que a condição é uma queixa comum entre 18% dos homens e 27% das mulheres; sendo ainda mais comum em mulheres com idade entre 40 e 60 anos.

Ainda que afete tantos indivíduos, a falta de libido continua a ser tratada como tabu.

Mas, se você chegou até aqui, é porque deseja aprender mais sobre esta condição, e é isso que faremos por você.

Neste conteúdo, você verá:

  • O que constitui a falta de libido?

  • As possíveis causas da diminuição do desejo sexual

  • As consequências para além da cama

  • Falta de libido X Desejo Sexual Hipoativo (DSH) x Impotência Sexual

  • Possibilidades de tratamento

Vamos em frente!

O que constitui a falta de libido?

A falta de libido, popularmente conhecida como falta do desejo sexual, é uma condição silenciosa que se caracteriza por uma diminuição ou ausência de interesse em atividades sexuais.

A libido (procura instintiva do prazer sexual) é um processo complexo que envolve uma variedade de fatores, tais como:

  • Fatores fisiológicos 

  • Fatores psicológicos

  • Fatores sociais 

Os sintomas da falta de libido podem variar de pessoa para pessoa. Mas, alguns dos mais comuns incluem:

  • Falta de interesse em atividades sexuais

  • Falta de fantasias ou pensamentos sexuais

  • Falta de resposta física ao estímulo sexual

  • Diminuição da lubrificação vaginal

  • Diminuição da ereção

  • Dificuldade para atingir o orgasmo

As possíveis causas da diminuição do desejo sexual

Como já dito, a falta de libido pode ser provocada por fatores fisiológicos, psicológicos ou mesmo sociais; vamos entender melhor.

Fatores Fisiológicos 

Os fatores fisiológicos são aqueles relacionados ao corpo físico. Eles podem incluir:

  • Hormônios: a testosterona, nos homens, e o estrogênio, nas mulheres, são os principais hormônios que influenciam o desejo sexual. A diminuição dos níveis desses hormônios pode levar à falta de libido.

  • Doenças crônicas: algumas doenças crônicas, como diabetes, câncer, doenças cardíacas, doenças renais e doenças neurológicas, podem afetar o desejo sexual.

  • Uso de medicamentos: alguns medicamentos, como antidepressivos, antipsicóticos, anti-hipertensivos, anti-androgênicos e hormônios, podem causar falta de libido.

Fatores Psicológicos

Os fatores psicológicos são aqueles relacionados à mente e às emoções. Eles podem incluir:

  • Problemas emocionais: problemas emocionais, como depressão, ansiedade, estresse e traumas, podem afetar o desejo sexual.

  • Conflitos no relacionamento: conflitos no relacionamento, como falta de comunicação, infidelidade, abuso ou até mesmo a monotonia, podem levar à falta de libido.

  • Problemas com a autoimagem: as pessoas que não estão satisfeitas com sua aparência ou nutrem uma baixa autoestima, podem ter menor desejo sexual.

  • Traumas sexuais: pessoas que sofreram traumas sexuais, como abuso ou estupro, podem ter dificuldade para se envolver em atividades sexuais.

Fatores sociais

Os fatores sociais são aqueles relacionados à cultura e às crenças pessoais. Eles podem incluir:

  • Crenças religiosas ou culturais: a cultura e as crenças pessoais podem influenciar o desejo sexual. Por exemplo, em algumas culturas, o sexo é considerado tabu ou vergonhoso, o que pode levar à falta de libido.

  • Estilo de vida: o estilo de vida também pode afetar o desejo sexual. Por exemplo, pessoas que trabalham muitas horas ou que estão estressadas podem ter menor desejo sexual.

As consequências para além da cama

A libido, muitas vezes referida como o impulso sexual ou desejo sexual, desempenha um papel crucial na vida de uma pessoa, indo muito além do âmbito da intimidade na cama.

Quando um indivíduo experimenta uma falta de libido, isso pode ter consequências significativas em várias áreas da vida, afetando tanto a saúde física quanto a mental, bem como os relacionamentos interpessoais. Vamos explorar essas implicações:

Saúde Mental

A falta de libido pode levar a problemas de saúde mental, incluindo ansiedade e depressão. A sexualidade saudável desempenha um papel vital na satisfação emocional e na qualidade de vida geral, e sua pode desencadear sentimentos de inadequação, baixa autoestima e até mesmo isolamento social.

Relacionamentos Afetivos

A intimidade física é uma parte fundamental dos relacionamentos românticos. Quando a libido é reduzida, os parceiros podem sentir-se não amados ou não desejados, o que pode resultar em tensão e conflitos na relação. A comunicação aberta sobre questões sexuais é muitas vezes essencial para a manutenção de relacionamentos saudáveis.

Autoestima e Autoconfiança

A autoestima e a autoconfiança estão intrinsecamente ligadas à saúde sexual. A ausência de libido pode abalar a confiança de uma pessoa em sua própria atratividade e capacidade de satisfazer um parceiro, impactando negativamente a autoestima.

Estresse e Fadiga

O estresse emocional resultante da preocupação com a ausência de desejo sexual pode desencadear uma resposta física, liberando hormônios do estresse que, por sua vez, afetam o sistema imunológico, a função cardíaca e a qualidade do sono. A fadiga, muitas vezes decorrente dessa tensão, pode impactar adversamente a energia disponível para atividades diárias, prejudicando o desempenho físico e mental.

Problemas de Relacionamento

A falta de intimidade física pode levar a distância emocional entre os parceiros, resultando em problemas de relacionamento mais amplos. A ausência de conexão sexual pode desencadear ressentimentos e frustrações que se estendem para além da esfera íntima.

Impacto na Qualidade de Vida

Uma vida sexual satisfatória é frequentemente associada a uma melhor qualidade de vida. A falta de libido pode contribuir para uma sensação de insatisfação geral, prejudicando a alegria e o entusiasmo pela vida.

Saúde Física

Em alguns casos, a falta de libido pode ser um sinal de problemas de saúde subjacentes, como desequilíbrios hormonais, condições médicas ou efeitos colaterais de medicamentos. Ignorar a falta de desejo sexual pode resultar em uma negligência da saúde geral.

Falta de libido X Desejo Sexual Hipoativo (DSH) X Impotência Sexual

A falta de libido, o Desejo Sexual Hipoativo (DSH) e a impotência sexual são termos que se referem a aspectos distintos da esfera sexual, cada um com características específicas.

A falta de libido, já conhecemos: abrange a diminuição do desejo sexual ou a ausência de interesse em atividades sexuais, influenciada por fatores fisiológicos, psicológicos e sociais.

Já o Desejo Sexual Hipoativo (DSH) é uma condição clínica mais específica, caracterizada pela falta persistente ou recorrente de fantasias sexuais e desejo de atividade sexual. Seu diagnóstico envolve a avaliação de fatores psicológicos, relacionais e médicos para entender a origem do baixo desejo sexual.

Por fim, a impotência sexual, conhecida como disfunção erétil, refere-se à incapacidade persistente de obter ou manter uma ereção suficiente para uma atividade sexual satisfatória. Ao contrário da falta de libido e do DSH, a impotência sexual é mais específica para homens e está relacionada à função erétil, não ao desejo sexual em si. 

Possibilidades de tratamento para a falta de libido

O tratamento da falta de libido pode envolver abordagens multifacetadas, considerando as diversas causas possíveis, que podem ser físicas, emocionais, sociais ou uma combinação de duas, ou mais delas. 

Medicamentos

  • Terapia Hormonal: Se a falta de libido estiver associada a desequilíbrios hormonais, a terapia hormonal pode ser uma opção. Isso pode envolver a reposição de hormônios sexuais como a testosterona, especialmente em casos de deficiência.

  • Inibidores de Fosfodiesterase-5 (PDE5): Em homens, medicamentos como o sildenafil (Viagra) podem ser prescritos para melhorar a função erétil, o que, por sua vez, pode ter impacto positivo no desejo sexual.

Psicoterapia

  • Terapia Sexual: Um terapeuta sexual pode ajudar a abordar questões psicológicas e emocionais que podem estar contribuindo para a falta de libido. Isso pode envolver terapia cognitivo-comportamental, terapia de casal ou outras abordagens específicas para a sexualidade.

  • Conselhos Psicológicos: A falta de libido pode estar relacionada a fatores psicológicos, como estresse, ansiedade ou depressão. A psicoterapia tradicional pode ser benéfica para explorar esses problemas e desenvolver estratégias de enfrentamento.

Hipnose

Alguns indivíduos recorrem à hipnoterapia para abordar questões psicológicas relacionadas à falta de libido.

A eficácia deste tratamento alternativo está relacionada ao seu impacto potencial na esfera psicológica e emocional do indivíduo. Conheça, abaixo, algumas maneiras através das quais a hipnoterapia para falta de libido pode ser trabalhada:

  • Identificação e Modificação de Crenças Limitadoras: a hipnose para falta de libido pode ajudar a acessar o subconsciente, onde estão armazenadas crenças profundamente enraizadas. Se o indivíduo mantiver crenças negativas sobre a sexualidade, a hipnose pode facilitar a identificação e a modificação destas, promovendo uma visão mais positiva e saudável da intimidade.

  • Redução do Estresse e da Ansiedade: a ansiedade e o estresse podem ser fatores significativos na diminuição do desejo sexual. A hipnose pode ser utilizada para induzir um estado relaxado e reduzir a ansiedade relacionada à sexualidade, promovendo assim um ambiente mental propício para a expressão saudável do desejo.

  • Exploração de Traumas Sexuais ou Bloqueios Emocionais: caso a falta de libido esteja relacionada a traumas sexuais passados ou bloqueios emocionais, a hipnose pode ajudar a explorar essas questões de maneira segura. Isso permite que o indivíduo processe e libere as emoções associadas, promovendo uma recuperação emocional que pode ter impacto positivo na vida sexual.

  • Melhora da Autoestima e Confiança: a hipnose pode ser usada para fortalecer a autoestima e a confiança, elementos fundamentais para uma saúde sexual positiva. Isso pode incluir a instilação de sugestões positivas e a promoção de uma imagem corporal saudável, contribuindo para um aumento do desejo sexual.

  • Reprogramação de Comportamentos e Respostas Sexuais: a hipnose pode ser eficaz na reprogramação de comportamentos e respostas sexuais. Isso pode incluir a criação de associações mentais mais positivas em relação à intimidade, ajudando o indivíduo a desenvolver uma atitude mais receptiva e prazerosa em relação ao sexo.

Se você busca explorar a hipnose como uma ferramenta terapêutica para questões como a falta de libido, o curso de hipnose oferecido pelo Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento (IBND) pode ser uma excelente escolha.

Investir no aprendizado sobre hipnoterapia pode não apenas enriquecer seu conhecimento, mas também oferecer ferramentas valiosas para ajudar os outros a superar desafios emocionais e psicológicos, incluindo questões relacionadas à sexualidade. Explore as possibilidades e descubra como a hipnose pode ser uma peça fundamental na busca por soluções e bem-estar!


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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