Você já ouviu falar no termo efeito placebo, mas não sabe o que é, como funciona e para que serve? Vamos utilizar um exemplo bastante simples e pelo qual você já deve ter passado ou, pelo menos, deve ter visto:
Você provavelmente já ofereceu ou tomou um copo de água com açúcar para se acalmar durante uma situação de intenso nervosismo. Mas você já se perguntou se existe alguma evidência que comprove que esta receita tem, verdadeiramente, um efeito relaxante e calmante? De fato, não há nada que comprove tal sabedoria.
Mas, ainda assim, esta crença popular segue sendo transmitida por gerações e muitas pessoas garantem que ela funciona para sossegar os nervos.
E o que isso tem haver com o chamado efeito placebo? Neste artigo do IBND (Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento) vamos explicar a você tudo que é preciso saber sobre este termo. Portanto, continue sua leitura para entender mais sobre este conceito que tem grande ligação com a Hipnose!
O que é e para que serve o efeito placebo?
Em contexto médico científico, o efeito placebo é empregado em testes de avaliação e desenvolvimento de novos medicamentos, procedimentos e terapias. Já na prática clínica, o efeito placebo levanta questões éticas.
Se um médico prescrever um placebo para uma pessoa sem que ela tenha previamente consentido, ele está sendo antiético. E, se a possível doença existente, possui tratamento comprovadamente eficaz, é vedado ao médico o uso de placebo, segundo a ética do CFM (Conselho Federal de Medicina).
Mas afinal de contas, o que é este tal de efeito placebo?
O chamado efeito placebo é usado em pesquisas científicas para testar a real eficácia de uma substância.
Num estudo realizado com 100 pessoas, por exemplo, onde se quer avaliar se uma droga promove o relaxamento muscular, o placebo pode ser usado.
No teste, divide-se os voluntários em dois grupos. Metade receberá o comprimido com o fármaco e a outra parte irá receber o comprimido sem a droga, ou seja, o placebo. Todavia, nenhum dos grupos saberá se está recebendo o placebo ou não. Este teste serve para comparar os efeitos e avaliar se a droga em teste tem os resultados esperados.
Embora seja esperado que quem tomou o placebo não sinta nada de diferente, pode acontecer aquilo que é chamado de efeito placebo. Ou seja, uma sensação de melhora que é sentida pela pessoa sem que ela tenha se tratado com nenhuma substância realmente eficaz e ativa.
O placebo aberto. O que é e por que funciona?
Diferente do exemplo dado acima, o placebo aberto é aquele que ocorre quando a pessoa recebe um medicamento ou orientação e sabe, de forma consciente, que aquilo não possui eficácia científica. No entanto, aceita usá-la e sente melhoria.
Mas, por que mesmo sabendo que o produto não é comprovadamente eficaz, a pessoa sente que está melhor? Ainda não é possível explicar com certeza o porquê deste fato, mas algumas questões podem ser levantadas e pensadas:
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Confiança no tratamento
Apesar dos mecanismos de ação placebo não serem totalmente estabelecidos, sabe-se que a expectativa e confiança do cliente em relação ao sucesso do tratamento tem papel fundamental no efeito. Neste contexto, a relação médico-cliente faz toda a diferença, pois quanto maior a empatia e confiança, maiores são as chances de êxito.
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Mente aberta e otimismo
Embora não existam pesquisas que comprovem, muitos pesquisadores acreditam que pessoas com a mente aberta e com tendência ao otimismo tem mais chances de responderem positivamente a placebos.
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Preço e tamanho
Naturalmente, temos a tendência de crer no funcionamento de remédios caros e procedimentos complexos. Deste modo, se “o caro é bom”, se o placebo tiver um preço mais alto e for ofertado em pequenas pílulas, por exemplo, sem perceber, o indivíduo o aceitará como real e sentirá os benefícios.
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A cor do comprimido
Diferentes estudos apontam que comprimidos azuis geram efeito sedativo. Já os de cor laranja e vermelho são mais estimulantes, enquanto os amarelos têm maior efeito antidepressivo, os verdes são poderosos na redução de ansiedade e os brancos na redução da dor.
Como a hipnose ajuda a potencializar o efeito placebo?
Para que o efeito placebo ocorra como esperado, é preciso que as palavras façam sentido para a pessoa. Por isso, em primeiro lugar é essencial que a pessoa acredite nas diferentes possibilidades de cura e melhora através da técnica de hipnoterapia ou auto-hipnose.
Assim, como hipnólogo é imprescindível que você sempre leve em consideração o universo individual do seu cliente, tomando nota de suas crenças e valores para melhor se conectar com ele através da técnica de rapport, por exemplo.
A hipnose, como ferramenta que trabalha com a mente inconsciente, ajuda a facilitar o processo do efeito placebo pois cria estados ideais para a mente receber e aceitar sugestões e novas informações.
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