A atual sociedade impõe diversos padrões de estética e comportamentos que dificultam o processo do indivíduo de ser ele mesmo. Você sabe o que é ser autêntico? Então vem dar uma olhada!
O que é autenticidade?
Autenticidade significa ser verdadeiramente si mesmo e ser congruente com as próprias ideias e conceitos na relação com a outra pessoa. É ser explícito aos sentimentos que surgem na relação com o outro de modo a colaborar com um melhor entendimento desse outro a respeito de si mesmo e da sua vida, emprestando sensações e sentimentos.
Características de pessoas autênticas
As pessoas autênticas tendem a ter mais confiança em si mesmas, uma confiança oriunda de se sentirem bem consigo próprias e são menos propensas a se sentir ofendidas ou ficar na defensiva. Conseguem concentrar-se no outro e possuem fortes valores próprios, reservando um tempo para pensar em como veem a vida. Por isso, são mais focadas em seus propósitos e mais abertas a ponderar. Podem compartilhar facilmente seus pensamentos e opiniões, e não temem discordâncias e discussões, pois se baseiam no autoconhecimento e podem se posicionar através de sua inteligência emocional. Por fim, tendem a ser mais generosas e aceitam seus pontos fortes e fracos, aceitando as responsabilidades por suas ações, admitindo erros e comunicando-se de forma aberta.
Por que a autenticidade vale à pena?
Compartilhar com a pessoa sentimentos e sensações verdadeiros que ela provoca no sentido de elucidar compreensão colabora com a pessoa no seu processo de mudança e crescimento construtivo. Assim, aquilo que é sentido nas entranhas do corpo e significado na consciência a partir da interação com outra pessoa é explicitado para colaborar com a pessoa no seu desenvolvimento.
A autenticidade pode gerar grandes benefícios para a sua vida, pois, promove o desenvolvimento do poder pessoal, aumenta a autoestima e inspira coragem para agir rumo ao seu propósito de vida.
E a assertividade?
Assertividade é uma das habilidades sociais, sendo a afirmação dos próprios direitos e expressar pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto, de modo a não violar o direito das outras pessoas. A assertividade se coloca como a autenticidade na prática social. Pessoas com comportamento mais assertivo sentem menos ansiedade, têm maior grau de internalidade segundo o critério de locus de controle e melhor auto-estima.
Por que é difícil ser autêntico?
Ser autêntico vai além de uma decisão imediata. Envolve uma base de autoconhecimento, autoaceitação e autoconfiança, bem como um processo psíquico e cognitivo. A pressão social incentiva o conflito interno entre o que queremos e o que a sociedade espera de nós. Assim, acabamos muitas vezes tentando agradar os outros. Muitas vezes, a pessoa que não demonstra ter opinião própria ou não consegue agir contra o que é socialmente aceitável, permanece a maior parte do tempo refém do superego, estrutura psíquica que o diz para permanecer em uma posição “segura” e “aceitável”, constantemente abrindo mão dos seus desejos.
A sociedade das máscaras
Estamos acostumados a viver em um mundo de falsas aparências, que nos incentiva a não ser quem somos, tentando nos encaixar em um ideal que em muitas ocasiões não nos corresponde. Desde pequenos nos ensinam a interpretar papéis, usar máscaras para evitar conflitos ou para nos defender em ambientes hostis. São raros os momentos de incentivo para olhar para si mesmo e compartilhar com segurança isso com o outro.
Ser autêntico envolve conhecer nossas principais necessidades e supri-las, para que possamos estar em paz consigo próprias e nos promover uma boa qualidade de vida, o que só é possível retirando as máscaras para si mesmo.
O grande vilão da autenticidade
Assim, o grande vilão da autenticidade é o medo, principalmente o medo do que os outros vão pensar sobre nós, ou seja, o medo do julgamento, de que não concordem com nossos pontos de vista ou comportamentos, nos colocando expostos à críticas que pensamos não estar preparados ou dispostos a vivenciar com resiliência.
Como ser mais autêntico?
Ser autêntico ou genuíno pressupõe valorizar a própria experiência e ouvir-se no seu íntimo, deve referir-se à pessoa por inteiro e não é apenas uma técnica que pode ser aplicada, uma ação preconcebida, um conceito meramente racional, mas sim uma disposição de valor.
Assim, existem algumas dicas para tornar-se mais autêntico, embora isso nada mais seja do que ser você mesmo! Veja abaixo:
- Pratique a autorreflexão: priorize olhar para dentro de si mesmo e busque aceitar-se como uma pessoa única e individual, além de correlacionar isso com o que vive no seu dia a dia.
- Concentre-se nas suas possibilidades: metas alcançáveis bem consolidadas, a partir das quais possa reagir diante de críticas e opiniões alheias.
- Pratique a honestidade consigo mesmo: não há como ser honesto e transparente com o outro se não treinarmos conosco mesmos.
- Clareie a sua visão de mundo: primeiramente saiba quem é e quem quer ser, o que quer para si. Definindo o próprio futuro, pode-se trabalhar no hoje.
- Crie o hábito de ouvir as pessoas: desconectar-se um pouco de si mesmo e praticar a empatia, estando disposto a entrar em contato com ideias contraditórias pode ser útil, principalmente pois pode trazer novas opiniões.
- Estabeleça limites firmes: esteja seguro de quais os limites quer estabelecer nos seus relacionamentos interpessoais e profissionais.
- Dedique-se ao autoconhecimento.
- Supere o medo da rejeição: ser autêntico é enfrentar o medo de mostrar-se como realmente é.
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Referências:
ARAÚJO, I.C. & FREIRE, J.C. Os valores e a sua importância para a teoria da clínica da abordagem centrada na pessoa. Rev. abordagem gestalt. 2014;20(1).
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