Diferentes pessoas possuem diferentes estilos de aprendizagem de interação com conteúdos. Você sabe o que são mapas mentais? Então dá uma olhada!
O que são mapas mentais?
Mapas mentais ou mapas conceituais são ferramentas pedagógicas para organizar e representar o conhecimento. São utilizados como uma linguagem para descrever e comunicar conceitos e seus relacionamentos, originalmente desenvolvidos para dar suporte à aprendizagem significativa.
O psicólogo e consultor educacional inglês Tony Buzan propôs o conceito de mapas mentais nos anos 1970 através do livro Use your head (Use o seu cérebro), segundo o qual o cérebro humano seria um caldeirão de criatividade, apenas precisando das ferramentas corretas para que essa criatividade seja liberada, ou melhor, aproveitada.
Assim, são consideradas ferramentas educativas que externalizam o conhecimento e melhoram o pensamento, com o objetivo de representar as relações significativas entre conceitos na forma de proposições. Dois ou mais conceitos unidos por uma palavra de ligação formam a proposição de uma ideia, que é composta verbalmente por uma sentença. Dessa forma, os mapas mentais são recursos esquemáticos para representar um conjunto de significados conceituais numa estrutura.
A construção do mapa mental
O mapa mental é uma ferramenta de extrema utilidade para os estudos. A sua construção se dá a partir de uma pergunta de partida, buscando demonstrar as relações existentes entre causas e efeitos de determinadas ações e acontecimentos.
As palavras associadas à pergunta de partida são chamadas de ramificações estruturais, e permite maior liberdade de relacionar ideias e possibilidades bidirecionais ou de ligações cruzadas.
Assim, o mapa mental pode ser utilizado para esclarecer ou descrever ideias sobre um determinado assunto. São representações gráficas de conceitos, semelhantes a diagramas, em uma área específica do conhecimento, construídos de tal forma que os relacionamentos entre os conceitos são notáveis. Dessa forma, os mapas mentais representam conceitos e suas ligações (relacionamentos) na forma de um mapa, onde os nós são conceitos e os link entre dois nós o relacionamento entre os conceitos. São diagramas de significados, de relações significativas e de hierarquias conceituais.
O processo de aprendizado
Geralmente o aprendizado se dá a partir de duas premissas: a primeira é a comparação com tudo aquilo que já se conhece (abordagem estrutural) para, então, se proceder de forma a armazenar (memorização) do novo conhecimento ou tentar simplificar o novo conteúdo de forma a se adequar a outro preexistente. Porém se o novo conhecimento não estabelece nenhuma ligação ao padrão experimentado, geralmente será desconsiderado ou esquecido.
Dessa forma, a partir do olhar do educador, o aprendizado é mais fácil se for buscado no aprendiz suas referências e conhecimentos anteriores, o que torna o novo algo naturalmente amoldado. O uso de mapas mentais faz com que a aprendizagem tenha uma nova conotação, passando da aquisição isolada de informações para o estabelecimento de relações entre informações, ganhando significado cognitivo, lançando o conceito de aprendizagem significativa.
Organização do aprendizado
Por isso, a habilidade de ensinar alguém depende do hábito de aprender de forma organizada. Tal organização na aprendizagem abrange a integração de diferentes partes do cérebro a favor da absorção do conhecimento apresentado. Diferentes técnicas de auxílio à aprendizagem podem ser utilizadas, como a programação neurolinguística, a rede semântica e os mapas mentais.
Assim, o mapa mental é uma ferramenta simples e de fácil aprendizagem, que organiza ideias por meio de conceitos-chave, cores e imagens em uma estrutura que se irradia a partir de um centro. Desenhos de mapas mentais podem beneficiar o aprendizado e aprimorar a produtividade pessoal.
Versões do mapa mental
Os mapas mentais são gráficos de organização do pensamento e de conteúdos em um modo visualmente organizado para melhor compreender as conexões entre conceitos-chave e suas ramificações. É uma forma de sair da linearidade de pensamento que aprendemos na escola, e pode ser feito em uma folha de papel (manual) ou por meio de um computador (digital).
Alguns estudos trazem que pessoas mais criativas anotam as coisas de forma desordenada, já que as ideias chegam à memória de forma flexível e não-linear. Além disso, os conteúdos que recebemos em sala de aula também vêm de uma forma mais ou menos desordenada, apesar de o professor ter uma linha lógica de apresentação de conteúdos, pois aprendemos a partir da motivação e de diversas fontes e sentidos.
Mapa mental e estímulos cerebrais
A estrutura radial dos mapas mentais estimula a memória, a recuperação de informações e a criatividade do indivíduo, manifesta na habilidade de estabelecer e perceber conexões por meio das palavras, imagens, cores, códigos e dimensões empregadas no mapa.
Assim, por utilizar cores e símbolos e por ter uma visão não-grafocêntrica, os mapas mentais ampliam o aprendizado por meio da comunicação visual, trazendo a abrangência e as propriedades da imagem, além da grafia.
Portanto, os mapas mentais constituem importante ferramenta para a qualidade do ensino e aprendizagem, praticando o letramento a partir da imagem, facilitando o aprendizado de alunos que aprendem “vendo”. Por fim, a estimulação cerebral durante o aprendizado deve abranger a multimodalidade, usando gestos, expressões faciais, elementos gráficos e semióticos para a construção do significado.
Confeccionando um mapa mental
Existem três instruções básicas para nortear o processo de criação de um mapa mental. São eles:
- Aceitar: respeitar e seguir os parâmetros de confecção de um mapa;
- Aplicar: aplicar sucessivamente esses parâmetros a fim de atingir evolução na tarefa de produzir novos mapas;
- Adaptar: buscar a melhor forma, dentro do arcabouço de leis do mapa mental, para a auto-expressão.
Embora algumas leis gerais sejam recomendadas para a confecção de um mapa mental, é recomendado encorajar os indivíduos a adaptarem esses direcionamentos de acordo com suas necessidades, após terem conquistado o domínio dos princípios básicos.
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Referências:
GALANTE, C.E.S. O uso de mapas conceituais e de mapas mentais como ferramentas pedagógicas no contexto educacional do ensino superior. INESUL. sem data.
JUNIOR, V.C. A utilização de mapas conceituais como recurso didático para a construção e interrelação de conceitos. Rev. bras. educ. médica. 2012.
SOUZA, N.A. & BORUCHOVITCH, E. Mapas conceituais: estratégia de ensino/aprendizagem e ferramenta avaliativa. Educ. rev. 2010;26(3).
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