Como e quando a hipnose não verbal é utilizada?

24/04/2022 às 17:56 Hipnose

Como e quando a hipnose não verbal é utilizada?

Todos nós carregamos algum tipo de trauma psicológico ou problema emocional. E muitas vezes, a raiz do problema é tão profunda, que não conseguimos identificá-la através da nossa mente consciente. Nestes casos a hipnose não-verbal, assim como a hipnose clínica, é reconhecida pelos conselhos de medicina e psicologia, é a opção de tratamento ideal.

Mas você sabe do que se trata esta submodalidade da hipnose tradicional? 

Neste conteúdo do Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento (IBND) convidamos você, leitor do blog, a conhecer a hipnose não-verbal e suas nuances.

Vamos lá? Boa leitura!

Hipnose tradicional x Hipnose não-verbal 

Para os leitores que acompanham os conteúdos do blog do IBND sobre Hipnose, não é novidade alguma que a hipnose tradicional se utiliza da fala para que a pessoa altere o seu estado de consciência. 

Contudo, na hipnose não-verbal são utilizadas outras formas de comunicação, além da palavra. Gestos, toques e comportamentos ajudam na ampliação do estado de consciência, mesmo quando as pessoas não estão muito dispostas a colaborar.

Assim, enquanto na hipnose verbal o indivíduo ouve o que o seu hipnoterapeuta diz, na hipnose não-verbal os sentidos humanos são estimulados ao máximo.

Vale lembrar que esta técnica é eficiente para tratar diferentes distúrbios, transtornos e traumas, com especial atenção para o trabalho com pessoas com espectro autista, sem, entretanto, utilizar-se do toque, visto  que autistas geralmente têm sensibilidade extrema ao contato físico.

As bases da Hipnose não-verbal

A comunicação não-verbal envolve todas as manifestações de comportamento não expressas através das palavras. 

Gestos, expressões faciais, linguagem corporal e até mesmo a relação de distância entre indivíduos podem carregar profundos e poderosos significados. Por isso, na hipnose não-verbal existem bases sólidas para representar comportamentos. São elas:

Paralinguagem: as modalidades da voz

Conceito aplicado às modalidades da voz e suas modificações de altura, ritmo, etc., a paralinguagem fornece informações sobre o estado afetivo do locutor, produzindo reações ligadas a esse estado. 

O uso correto da paralinguagem na hipnose não-verbal oferece o pontapé inicial para a indução. Um hipnólogo que trabalha nessa linha consegue extrair importantes informações através das respostas do seu cliente, como altos e baixos, agudos ou graves. 

Proxêmica: as relações de proximidade

Estudo das relações de proximidade e distância entre pessoas e objetos durante a interação humana, a proxêmica está diretamente ligada ao uso do espaço como lugar de convivência.

Um exemplo comum de proxêmica é a tendência que temos de nos aproximar fisicamente de quem temos contato íntimo, e ficarmos incomodados com a proximidade de pessoas que não conhecemos, dentro de um elevador cheio, por exemplo. 

Na hipnose não-verbal, a proxêmica é utilizada para identificar se o cliente se afasta ou se aproxima do profissional durante momento de contato. Esses sinais são importantes e com grande significado para o hipnólogo. 

Cinésica: os movimentos corporais 

Nenhum movimento ou expressão corporal é destituído de significado, segundo a cinésica. Sua análise se estende por cinco áreas: contato visual, gestos, expressões faciais, postura e movimentos da cabeça. 

Já se perguntou por que demonstramos expressões faciais diante de emoções mesmo quando estamos sozinhos? Estudos da comunicação não-verbal entendem que é porque nos expressamos não só para os outros, mas para que nosso cérebro entenda as emoções e consiga lidar com elas. 

Essas expressões externas são, logicamente, muito úteis ao profissional de hipnose quando seu cliente está em transe. 

Tacêsica: a linguagem do toque

Por fim, a base Tacêsica é definida pela linguagem do toque e muita usada por profissionais da área de saúde para estreitar laços com seus pacientes. Afinal, o toque é uma das primeiras formas de reconhecimento espacial que temos, o que indicaria que muitas de nossas memórias primitivas estão enraizadas a esse sentido.

Através da análise tacêsica em uma sessão de hipnose não-verbal é possível perceber, por exemplo, se o cliente tem alguma reação ao toque, caso não, isso pode sugerir uma aceitação ao processo e confiança no profissional.

Um pouco da história da hipnose não-verbal

Técnica antiga, a hipnose não-verbal foi formalizada a partir do livro “Mémoire sur la découverte du magnétisme animal”, publicado em 1779, na França. 

O autor e médico austríaco Franz Anton Mesmer usava técnicas com seus pacientes e fez da hipnose não-verbal uma grande aliada. Graças ao método empregado, muitas pessoas puderam ser curadas.

Mas, embora usada por muito tempo, este tipo de hipnose caiu no esquecimento pelos profissionais de saúde, que preferiam usar palavras no dia a dia dos atendimentos. 

Foi somente nas últimas décadas, que a hipnose não-verbal ganhou destaque no meio profissional, voltando-se como uma alternativa de grande utilidade visto que ela pode ser compreendida em qualquer parte do mundo. 

Transtorno do Espectro do Autismo e a hipnose não-verbal: qual a relação?

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é muito complexo, uma vez que cada autista tem suas características particulares de comportamento. Porém, como sabemos, a dificuldade de interação é algo marcante em quase todos os indivíduos que carregam esse transtorno. 

É aí que a hipnose não-verbal é atrelada, pois, a comunicação se torna difícil para autistas e então ela se torna um caminho a ser traçado de modo que a interação e colaboração não sejam prejudicados durante as sessões.

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Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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