As cidades e seu crescimento populacional trazem desafios para a mobilidade urbana, bem como para a saúde das populações de grandes localidades. Você sabia que a bicicleta pode ser uma alternativa saudável? Dá uma olhada!
Transporte e saúde
Estudiosos relatam que as atividades de transporte podem ser um importante determinante de saúde, indo desde o acesso ao trabalho, à educação, ao lazer e serviços de saúde. Passar longas horas no trânsito, em transportes lotados e rotas longas diariamente pode causar uma série de problemas físicos e mentais ao indivíduo.
Conforme o crescimento das cidades, o trânsito tem se tornado um problema urbano. As capitais sofrem com o enorme aumento no número de veículos incorporados ao trânsito diariamente. A estrutura urbana dessas cidades geralmente não comportam o seu crescimento rápido e o trânsito fica cada vez mais congestionado, a poluição atmosférica e sonora aumentam e o estresse gerado pelas dificuldades de deslocamento afeta o indivíduo de modo biopsicossocial.
Ciclismo
O ciclismo como meio de transporte se revela uma alternativa democrática de baixo custo de aquisição e manutenção, ecologicamente correta pois não contribui diretamente para as mudanças climáticas, e saudável para os que a utilizam e praticam atividades físicas regulares, que resulta em uma cidade menos congestionada e poluída sonora e atmosfericamente. Tais características têm ganhado cada vez mais grupos de ciclistas em todo o mundo e também nos estados brasileiros, atualmente com eventos que incentivam o uso dessa forma alternativa de transporte.
No entanto, o ciclismo tem seus pontos negativos, tais como o risco de lesões, as incapacidades e os óbitos de ciclistas por conta de acidentes no trânsito podem acontecer. A preocupação dos governos e sociedades em relação à situação ambiental e à infraestrutura para mobilização sustentável possibilitam maior adesão ao ciclismo.
A bicicleta
A bicicleta é o veículo de propulsão humana mais eficiente já inventado. É extremamente útil para deslocamentos curtos, permitindo velocidades de até 25km/h a um custo baixo. É um meio de transporte amigável, não poluente, econômico, de fácil manuseio e de barata manutenção, de fácil integração com outros meios de transporte, acessível a todas as idades e classes sociais e um excelente exercício físico.
Por ser um veículo acessível, concede flexibilidade ao seu usuário por não estar presa a horários e rotas prefixadas, poder circular em locais inacessíveis, constitui um meio de deslocamento rápido em áreas urbanas mais densas, necessita de pouco espaço público tanto para o seu deslocamento como para seu estacionamento.
Dentre suas desvantagens estão a dificuldade de circulação em terrenos não planos, a falta de proteção à chuva e a exposição demasiada do ciclista em casos de acidente.
Bicicleta no Brasil
O uso da bicicleta no Brasil é relativamente comum e seu emprego acontece principalmente como meio de transporte para distâncias relativamente curtas devido ao pequeno número de automóveis, ao sistema de transporte coletivo precário, à topografia favorável e, ainda, à baixa renda de grandes camadas da população.
Muito investimento ainda precisa ser feito para melhorar a infraestrutura das cidades para a mobilidade das bicicletas, tais como ciclovias que permitam a circulação segura e possam efetivamente se transformar como meio de transporte viável.
O Brasil fica atrás apenas da China e da Índia como produtor mundial de bicicletas, com uma frota superior a 48 milhões de unidades. Especialmente nas áreas rurais onde não há transporte público, a bicicleta é a adaptação para se mover de uma localidade para outra.
Benefícios da bicicleta para a saúde
Andar de bicicleta pode trazer inúmeros benefícios para a saúde, já que as rotinas sedentárias provocam doenças diversas tais como a diabetes, as doenças coronárias e a obesidade. Além de não poluir a atmosfera, a bicicleta ocupa menos espaço físico do que automóveis e oferece a oportunidade de praticar atividades físicas sem que o indivíduo tenha que dispor de um tempo extra para fazer isso. No Brasil um levantamento foi realizado pela Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes e verificou que cerca de dois terços da frota de bicicletas no Brasil é utilizada como meio de transporte de trabalhadores.
Pesquisas realizadas com trabalhadores ciclistas verificaram que cerca de 74% dos trabalhadores atingiram benefícios significativos para a saúde, tais como menor risco de doença coronariana, hipertensão e diabetes, câncer, depressão, osteoporose e outras, em virtude do uso regular da bicicleta.
Incentivo ao uso
Cada vez mais pessoas precisam saber dos benefícios dos transportes que promovem a saúde tal como a bicicleta. A aquisição desse hábito precisa ser acompanhada de medidas educativas, para que o ciclista saiba como utilizar as vias de transporte e até mesmo o estacionamento seguro da bicicleta.
A bicicleta tem o poder de transformação social, as pessoas podem descobrir através dela seu bairro, sua cidade e até mesmo viajar através da estrada. Ela influencia na constituição da identidade do indivíduo e contribui para a sua melhoria na saúde física e psíquica.
Por fim, o principal incentivo ao uso da bicicleta se dá pelos seus benefícios secundários: fortalece a musculatura, auxilia na saúde do coração, reduz o estresse, incentiva o convívio social, aumenta a motivação e a resiliência do indivíduo, permite relações interpessoais, ajuda na liberação de endorfina (responsável pela sensação de bem estar).
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Referências:
ARAÚJO, M.R.M. et al. Andar de bicicleta: contribuições de um estado psicológico sobre mobilidade. Temas psicol. 2009;17(2).
CARVALHO, M.L. & FREITAS, C.M. Pedalando em busca de alternativas saudáveis e sustentáveis. Ciênc. saúde coletiva. 2012;17(6).
PACHECO, C.V. & VELOZO, E.L. A bicicleta e o ciclismo na literatura científica brasileira e suas relações com a educação do corpo. Revista Espacios. 2017;38(1).
TAVARES, F.L. et al. Ciclismo e saúde: as matérias sobre bicicleta veiculadas em um jornal de grande circulação no Espírito Santo. Rev. Bras. Pesq. Saúde. 2018;20(2).
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