Apneia obstrutiva do sono

03/06/2021 às 17:12 Hipnose

Apneia obstrutiva do sono

Uma alta parcela da população acorda ainda se sentindo cansada, mas não sabe o motivo. Você conhece a apneia obstrutiva do sono?

O que é apneia obstrutiva do sono?

A apneia obstrutiva do sono é caracterizada por episódios recorrentes de episódios de colapso parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono, resultando em redução (hipopnéia)

ou fluxo de ar ausente (apnéia) durante pelo menos 10 segundos e associado com à excitação cortical ou a uma queda na saturação de oxigênio no sangue.

Somente nos Estados Unidos, 25 % dos adultos sofrem com apneia obstrutiva do sono, afeta mais homens do que mulheres e é uma causa significativa do excesso de sonolência, contribuindo para a redução da qualidade de vida, dificuldades no funcionamento durante o trabalho, e aumentado risco de acidentes de trânsito.

A apneia obstrutiva do sono é associada a mais risco de incidência de hipertensão, diabetes tipo 2, fibrilação atrial, infarto, doença coronária, acidente vascular cerebral e morte. Seu diagnóstico se dá através da avaliação do sono seja em casa ou laboratórios do sono e existem tratamentos eficazes para essa condição.

Os eventos da apneia obstrutiva do sono causam uma asfixia progressiva que estimula esforços de respirar mesmo contra uma via respiratória obstruída. São durante esses momentos de asfixia que o indivíduo tende a acordar, fragmentando o seu sono. Muitas pessoas com apneia obstrutiva do sono acordam diversas vezes à noite sem conseguir respirar. Esses despertares podem ser em segundos e a pessoa nem percebe que acordou. Pela manhã, acorda super cansada sem saber o motivo.

Sintomas da apneia obstrutiva do sono

O ronco intenso e perturbador é relatado por cerca de 85% dos pacientes com apneia obstrutiva do sono, no entanto, a maioria dos indivíduos que roncam não tem apneia obstrutiva do sono. Outros sintomas comuns são engasgos, respiração ofegante durante o sono, sono inquieto e sem repouso, e dificuldade para manter o sono.

A maioria das pessoas com apneia obstrutiva do sono não está consciente desses sintomas, a não ser quando relatados pelo cônjuge que dorme junto ou por alguém da família, colegas de residência e companheiros de quarto. Algumas pessoas com apneia obstrutiva do sono podem apresentar, ainda, dor na garganta e boca seca, além da comum cefaléia matinal.

Após o despertar, os pacientes podem experimentar sonolência, fadiga e dificuldade de concentração. Quanto mais despertares noturnos o paciente tem, mesmo sem ter consciência, maior é o nível de sonolência diurna.

Diagnóstico da apneia obstrutiva do sono

O diagnóstico da apneia obstrutiva do sono se dá através da história do sono e na polissonografia. Dentre os critérios diagnósticos, contam-se sintomas diurnos, sintomas noturnos e o monitoramento do sono que documente pelo menos 5 episódios de hipopneia e/ou apneia por hora. Os sintomas mais específicos são:

  • Sonolência diurna
  • Episódios de sono não intencionais
  • Sono não restaurador
  • Fadiga
  • Dificuldade para continuar dormindo
  • Despertar com retenção da respiração, respiração entrecortada ou sufocação

Deve-se interrogar o paciente e seu cônjuge, colegas de residência ou companheiros de quarto e precisa-se realizar o diagnóstico diferencial com um especialista do sono, para diferenciar a apneia obstrutiva do sono e a sonolência diurna excessiva.

Tratamento

Primeiramente, na apneia obstrutiva do sono, recomenda-se buscar um profissional da medicina do sono para realizar o diagnóstico diferencial. Dentre os tratamentos, o principal foco está no controle dos fatores de risco e no uso de aparelhos orais como o CPAP. Em caso de invasão anatômica ou doença que não responde aos dispositivos, a cirurgia e a estimulação neural podem ser utilizadas. O objetivo do tratamento é reduzir os episódios de hipóxia (falta de oxigênio) e a fragmentação do sono.

Controle dos fatores de risco

Inicialmente, o tratamento envolve o controle dos fatores de risco da apneia obstrutiva do sono, incluindo: obesidade, uso de álcool ou sedativos, hipotireoidismo, acromegalia e outras doenças crônicas.

Pressão positiva contínua das vias respiratórias

A pressão positiva nasal contínua das vias respiratórias (CPAP) é o tratamento de escolha para a maioria dos pacientes com apneia obstrutiva do sono e sonolência diurna subjetiva. A CPAP melhora a permeabilidade das vias respiratórias superiores pela aplicação de pressão positiva às vias respiratórias superiores colapsáveis, realizável com água. No entanto, existem efeitos adversos para o uso do CPAP nasal, como o ressecamento e a irritação da mucosa nasal, que podem ser aliviados por umidificadores de ar quente e o ajuste adequado da máscara.

Cirurgia

Procedimentos cirúrgicos podem ser utilizados para corrigir fatores anatômicos que possam estar sendo causa da obstrução das vias respiratórias superiores como causa da apneia obstrutiva do sono. A traqueostomia é a manobra terapêutica mais eficaz para a apneia obstrutiva do sono, mas é utilizada como último recurso.

Correlações psicológicas

A maioria dos transtornos do sono tem impacto direto sobre a saúde mental dos indivíduos, além de estarem por trás da maior parte de doenças conhecidas.

A apneia obstrutiva do sono impacta a saúde mental do indivíduo e verifica-se uma associação desta com a depressão, ideações suicidas, ansiedade e sérios transtornos psicológicos.

Geralmente esses transtornos são cíclicos e a mudança nos padrões de sono podem ser sinais da chegada de um ciclo de crise, ou mudanças no humor do indivíduo. Dessa forma, o sono fragmentado cronicamente como na apneia obstrutiva do sono leva o indivíduo a índices maiores de irritabilidade, humor deprimido e ansiedade, que tendem muitas vezes a levar o indivíduo à insônia.

O tratamento multidisciplinar, além da medicina do sono, envolve técnicas de relaxamento para propiciar um sono melhor, assim como mudanças comportamentais como práticas de higiene do sono para preparar-se melhor para dormir. Seguir as orientações médicas e engajar-se no tratamento também é fundamental.

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Referências:

GOTTLIEB, D.J. Diagnosis and management of obstructive sleep apnea: a review. JAMA. 2020;323(14).

KAUFMANN, C.N. et al. Sleep apnea, psychopathology, and mental health care. Sleep Health. 2017;3(4).

SPICUZZA, L. et al. Obstructive sleep apnea syndrome and its management. Ther Adv Chronic Dis. 2015;6(5).

YANG, C. et al. Psychological and behavioral factors in patients with comorbidobstructive sleep apnea and insomnia. Journal of Psychosomatic Research. 2011;70.


Conheça mais:

Rodrigo Huback

Rodrigo Huback Head Trainer de Practitioner PNL, Master PNL, Método B2S e Hipnose Clínica

Mais de 14 anos dedicados ao desenvolvimento humano; Mais de 20 anos empreendendo em alta performance; Pedagogo; Master Trainer em PNL; Master Trainer em Coach; Membro Trainer de Excelência na NLPEA; Membro Trainer da ANLP; Trainer Comportamental; Hipnoterapeuta.


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