As coisas mudaram para você durante a pandemia do Coronavírus? Tem percebido como sua vida vem sendo afetada pela pandemia? Sentimentos de angústia lhe ocorrem com frequência ultimamente?
Desde março de 2020, o Brasil vem passando por uma grande crise econômica e sanitária, com médias móveis de novos casos diagnosticados por dia cada vez maiores. Em relação ao cenário mundial, o Brasil está para trás em diversos sentidos. O investimento nas vacinas não é ostensivo, os trabalhadores não têm suporte para permanecerem em suas casas e mesmo o uso de máscaras tem sido difícil de inserir na rotina do brasileiro.
Mas quais têm sido os impactos da pandemia na saúde mental do brasileiro?
Finitude
O contato diário com a possibilidade iminente de morte, seja em pessoas próximas ou conhecidos distantes, ou mesmo pessoas desconhecidas, a pandemia nos colocou em contato direto com o medo da morte, a finitude tem estado palpável pelo ar e, por consequência, todas as reflexões trazidas por ela vêm à tona.
Definição de angústia
A palavra angústia vem do latim angustus, que significa estreito, apertado, sufoco, e é um estado de ansiedade, inquietude e sofrimento psíquico. É um estado em que o indivíduo se sente sufocado perante um mal (real ou imaginário) que está iminente, que é inevitável ou que pelos menos em parte não foi ainda experimentado, e está intimamente ligada a um sentimento de desprazer que sempre consegue ser nomeado.
Ansiedade e angústia
Classificada pelo Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM-V), a angústia aparece como um sintoma ligado aos transtornos de ansiedade, e pode ser considerada uma preparação do organismo para adaptar-se a determinadas circunstâncias.
Ao entrar em contato com o perigo iminente de uma morte por conta do Coronavírus, as reações fisiológicas do organismo já se preparam para reagir à situação através da luta, fuga ou congelamento. Quando a situação perigosa ou vista como perigosa custa a passar ou continua se apresentando repetidamente, o indivíduo pode se ver incapacitado de lutar contra as forças do desânimo e do medo.
Vulnerabilidade
A maioria das pessoas que estão vivas hoje em dia estão passando pela primeira pandemia de suas vidas e o contato com esse perigo iminente e constante nos leva a sentir-nos vulneráveis perante a impossibilidade ou inabilidade de controlar a situação. Além disso, contingências que acabam prorrogando o contato com esse fator estressor, que é a pandemia, potencializam uma sensação de vulnerabilidade e impotência nos indivíduos, que se veem cansados de lutar constantemente, fugir o tempo todo da realidade e/ou paralisar-se através da alienação social.
Medo
Em geral, não gostamos de nos sentirmos e nos demonstrarmos vulneráveis. A maioria das estruturas da sociedade estão estabelecidas para manter a “normalidade” e certa defesa diante do aleatório e do improvável. Embora sempre buscando estar preparados para se defender, a humanidade também tem pontos fracos, mais fáceis de serem observados em momentos de crise como este.
Projetos
A pandemia do COVID-19 trouxe à todos muitos prejuízos biopsicossociais, ou seja, prejuízos no corpo (sequelas, efeitos colaterais), psicológicos (saúde mental afetada, casos e comorbidades agravados) e sociais (acesso à saúde e a medicamentos). Muitas pessoas estão vivendo seus maiores medos, como perder seus empregos, a estabilidade financeira e até mesmo a capacidade de colocar comida à mesa de suas famílias.
Dessa forma, muitos projetos tiveram que ser repensados ou até mesmo deixados de lado, o que traz angústia, já que é preciso conviver com o luto da perda dos objetos desejados e dos projetos almejados. Por outro lado, o ser humano tem se voltado cada vez mais para dentro, para olhar para o simples da vida e ver o que realmente importa.
O que importaria mesmo que você não tivesse mais onde morar, como trabalhar ou comer?
Isso faz com que os valores sejam repensados e é aí onde resta a esperança de que esses tempos tragam novas atitudes refletidas na sociedade. Já que é de um novo entendimento do que realmente é importante que passamos a priorizar o significativo.
Repensando valores
A angústia é uma oportunidade de parar e olhar para o próprio medo e a própria vulnerabilidade, seja percebida ou não, pelo indivíduo. É admitir como está se sentindo diante e em relação à realidade que tem se apresentado, e entender onde faltam recursos psíquicos e emocionais para processar todas essas informações.
Por isso, cada vez mais o investimento em saúde mental tem deixado de ser um tabu e passou a ser uma busca ativa de milhares de pessoas. O estreitamento de laços e vínculos significativos se acelerou e a intimidade tomou grandes proporções.
Fortalecimento
Entrar em contato com a própria angústia pode ser uma das tarefas mais difíceis na vida de uma pessoa, por isso muitos evitam entrar em contato com ela. No entanto, percebem que quanto mais buscam fugir de sua angústia, mais angustiados se sentem, demonstrando lacunas no discernimento do que seria o ideal de sua busca.
É, então, um momento para priorizar, repensar valores, metas e prioridades, e procurar buscar fortalecimento interno para enfrentar o desafio diário em que todos estamos inseridos, pois a pessoa em angústia tende a evitar entrar em contato com seu medo e vulnerabilidade e é preciso discernir até que ponto os perigos são reais e o que podemos fazer com isso, e até que ponto os perigos são percebidos como tais, mas na realidade são questões que apenas necessitam de atualização.
Responsabilização
Os sentimentos de angústia também se fazem presentes quando o indivíduo se vê obrigado a se responsabilizar por suas ações e as consequências delas, que podem estar diretamente relacionadas com o desencadeamento do que é percebido como perigo atualmente. Por exemplo, temos as pessoas sedentárias e que não cuidam da saúde, que acabam tornando-se casos de risco por terem comorbidades derivadas de seus hábitos e estilo de vida. O que fazemos influencia diretamente em nossa saúde, e este não é momento para se alhear às responsabilidades de manter seu organismo o mais saudável possível para não agravar quadros de doenças nesse momento de saúde colapsada.
Caminho
A angústia também pode ser um caminho para o indivíduo despertar e ser livre, exercitar seu poder de escolha e agir de acordo com a sua potência para mudar a situação. Ao perceber que o futuro é incerto, o indivíduo passa a colocar em prática suas possibilidades de escolha, tomando consciência de onde se veio e do que ainda há por vir, dentro de um puro sentimento de liberdade.
Por isso, não espere a angústia começar a prejudicar a sua vida e o seu desempenho. Procure ajuda com um profissional da saúde mental ou da hipnose clínica e converse sobre isso!
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