Uma doença comumente mencionada nos meios de comunicação, estima-se que cerca de 4 milhões de pessoas sofram de Alzheimer na América do Sul. Você provavelmente já ouviu essa palavra em telejornais, revistas ou até mesmo dentro de casa. Mas o que é o Alzheimer?
O que é Alzheimer?
O Alzheimer é classificado como uma doença degenerativa do cérebro que geralmente acomete pessoas com idade mais avançada, principalmente pessoas entre 50 e 90 anos, sendo mais raro ou aparecendo em menor frequência em outras faixas etárias. É considerado a doença neurodegenerativa mais comum em humanos, levando a uma demência progressiva e seus sinais podem aparecer progressivamente com a idade, dando sinais tímidos no início e consequências mais severas com o tempo. Atacando o cérebro e as funções cognitivas dos indivíduos, especificamente a memória, o raciocínio, aspectos motores e a atenção, o Alzheimer é considerado a causa mais comum de demência, responsável por 50% a 75% de todos os casos. É uma doença que causa também dano ao comprometimento cognitivo e, consequentemente, alterações motoras e funcionais que impactam diretamente a qualidade de vida e longitude das pessoas.
Pessoas com Alzheimer podem ter dificuldade para desempenhar as funções diárias básicas de autocuidado e tarefas domésticas, uma fonte de grande baixa na qualidade de vida e em seu bem estar, pois passam a depender de seus cuidadores até mesmo para levantar da cama, já que a doença se agrava com o passar do tempo.
Sintomas do Alzheimer?
Por ser uma doença que envolve os idosos, alguns sintomas podem ser interpretados como típicos dessa etapa da vida, tais como: perda da concentração, problemas psicomotores e de linguagem, danos ao falar e caminhar. Sinais que podem ser confundidos com o processo natural do envelhecimento. Com o tempo, os sintomas da doença de Alzheimer se mostra a pessoa apresentando acentuação na memória imediata, ou seja, as memórias recentes. O vocabulário se mostra prejudicado de maneira habitual, a pessoa acaba esquecendo o que queria dizer e há a falta de repertório próprio. A maioria das pessoas com Alzheimer utiliza frases curtas, evitando conversas longas com frases. Com a evolução da doença de Alzheimer, a queda do movimento psicomotor chega e a pessoa com diagnóstico tem dificuldade para se vestir e manusear objetos, como também fazer as necessidades fisiológicas sozinha.
Diagnóstico do Alzheimer
Por ser uma doença degenerativa, não há exame único para o diagnóstico, ele se baseia em exclusão de outras doenças, através de exames de sangue e de imagem (ressonância magnética e/ou tomografia computadorizada), e também com entrevista médica, anamnese e avaliação neuropsicológica. As pessoas diagnosticadas com a doença de Alzheimer que estão no início dos sintomas geralmente são cuidados por seus familiares mais próximos em casa e recebem algumas visitas médicas. Quando há necessidade de mais cuidado, há o pedido de ajuda de um cuidador para melhorar a qualidade de vida da pessoa com diagnóstico da doença, auxiliando em situações de alimentação, vestimenta, incontinência fisiológica, entre outros. Podem também ter mais frequência nas visitas ao hospital e maior incidência hospitalizações, tanto para consultas como emergências como queda e sentimentos de tristeza por estarem com o diagnóstico de uma doença crônico-degenerativa e prejuízos em sua rotina e qualidade de vida.
Tratamento multidisciplinar
Uma equipe multidisciplinar se considera essencial para a pessoa com Alzheimer e também para o cuidador, principalmente no que concerne à sua saúde biopsicossocial e resiliência. É preciso inserir um profissional da área psicológica, para integrar os cuidados com a atenção aos sentimentos, as emoções e as atitudes.
Hoje em dia, com a medicina avançada há medicações que podem contribuir para atrasar o desenvolvimento da doença de Alzheimer, oferecendo mais alívio, tempo e qualidade de vida a pessoa e a família. Um outro fator que pode contribuir para retardar o avanço é atribuir características saudáveis ao estilo de vida, desenvolver a neuroplasticidade cerebral através de atividades neuroprotetoras para a memória, atenção e raciocínio. Envolver o pensamento com atividades intelectuais como exercícios mentais e programas de readaptação cognitiva também se mostraram efetivos para reduzir os sintomas. Preservar laços próximos pode contribuir para uma saúde mental saudável, fortalecer vínculos interpessoais nas relações sociais e familiares. Uma dieta balanceada também pode contribuir para o retardo da doença, tais como consumir mais alimentos naturais, como na dieta mediterrânea e alimentação com alimentos ricos em ômega 3, em conjunto com atividades aeróbicas e alongamento para alívio e melhorar o bem estar geral.
Cannabis medicinal para Alzheimer
Recentemente, pesquisas têm demonstrado os benefícios do uso medicinal da cannabis para tratamento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, a demência, a esclerose múltipla, os transtornos do espectro autista e o Parkinson. A planta possui diversos princípios ativos, conhecidos como fitocanabinoides, sendo os mais conhecidos o THC e o Canabidiol. O primeiro pode atuar como psicoativo, dependendo da quantidade administrada do medicamento.
O tratamento com a planta medicinal têm se mostrado eficaz para reduzir a anorexia, as perturbações no comportamento, a agitação noturna e pode retardar ou prevenir a progressão do Alzheimer. Além disso, seus princípios ativos podem evitar o estresse oxidativo, a neuroinflamação e os danos neurais, protegendo neurônios e promovendo sua renovação celular, diminuição do estresse, da ansiedade, agressividade, depressão e dor. Dessa forma, o uso de cannabis para pacientes com doenças crônicas e degenerativas tem sido uma grande esperança para o alívio e prevenção de seus sintomas.
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Referências:
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