Teoria desenvolvida pelo médico neurocientista norte-americano Paul D. MacLean lá em 1952, a teoria do cérebro trino é tida como desatualizada pelos cientistas mais recentes. Porém, não podemos negar que ela foi à base teórica cientifica para desenvolver o que hoje conhecemos como neurociência.
Esta teoria expõe que os seres humanos, bem como os primatas, têm o cérebro dividido em três unidades diferentes. Segundo MacLean, estas unidades se desenvolvem em diferentes momentos do nosso ciclo evolutivo.
Desta forma, a parte mais antiga e primitiva do cérebro humano teria seu desenvolvimento ainda no útero, enquanto o cérebro emocional se organizaria nos primeiros seis anos de vida, e o córtex pré-frontal se desenvolve ainda mais adiante.
As unidades do cérebro trino: reptiliano, límbico e neocórtex
Logicamente, os estudos no campo da neurociência já comprovaram que existem muitas mais divisões no cérebro humano. Contudo, neste artigo do IBND (Instituto Brasileiro de Neurodesenvolvimento) vamos nos apegar a estrutura resumida do nosso cérebro, ou seja, a estrutura do cérebro trino.
O cérebro reptiliano
Conhecido como o mais antigo cérebro animal, a unidade reptiliana do cérebro trino fica localizado no tronco cerebral, acima da medula espinhal que dá acesso ao crânio. Sendo a parte mais primitiva do ser humano, o cérebro reptiliano é o primeiro a ser desenvolver quando ainda estamos dentro do útero de nossa mãe.
Ele é responsável basicamente por oferecer tudo que um recém-nascido precisa para sobreviver: respirar, comer, dormir, acordar, chorar, urinar, defecar e assim por diante.
Ou seja, o cérebro reptiliano é o que chamamos de cérebro instintivo, pois tem como função a garantia da sobrevivência.
Todavia, o nome desta unidade cerebral que faz referência direta aos répteis tem sido questionada por algumas linhas de neurocientistas e hoje esta denominação usada por MacLean já não é mais usada na neurociência.
O cérebro límbico
Também podendo ser chamado de cérebro emocional, a unidade límbica do cérebro trino localiza-se no centro do Sistema Nervoso Central (SNC), e começa a se desenvolver logo após o nascimento do bebê, formando-se por completo em função da experiência, composição genética e temperamento inato da criança.
O cérebro límbico é nada mais nada menos que o “centro de gerenciamento” de todas as nossas emoções: raiva, alegria, tristeza, medo, etc.
Pessoas que, por exemplo, viveram e enfrentaram situações traumáticas registram a ameaça internamente, porém, muitas vezes a mente consciente age como se nada tivesse acontecido. Mas, apesar desta negação, os sinais de alarme do corpo como elevação do ritmo cardíaco não param e o cérebro emocional continua funcionando.
O cérebro Neocórtex
Se a unidade límbica é responsável por nossas emoções, cabe ao cérebro neocórtex à racionalidade. Por isso, esta unidade do cérebro trino também é conhecida como o cérebro racional e, portanto, é este sistema que nos diferencia do restante dos animais.
Localizado no córtex pré-frontal, o neocórtex é o encarregado por planejamentos, antecipação, percepção do tempo, percepção de contexto, inibição de ações inadequadas, compreensão empática e tudo aquilo que é muito racional.
Muitas vezes, o cérebro racional inibe a ação do cérebro emocional. Por isso, é comum que pessoas que passam por situações traumáticas não tenham reações emocionais, mas tenham facilidade em explicar o que aconteceu externamente ao invés de internamente.
O cérebro neocórtex ocupa apenas 30% do crânio e se dedica ao mundo exterior. Por este motivo, este cérebro equilibra o limite entre os impulsos e o comportamento social aceitável, nos ajudando a manter relações harmônicas, evitando ações negativas e regulando impulsos como fome, sexo, tristeza, etc.
O cérebro trino na perspectiva da Programação Neurolinguistica (PNL)
Após o trabalho de MacLean acerca do cérebro trino, muitas pesquisas e estudos se sucederam confirmando que o cérebro reptiliano é o que mais influencia as demais unidades cerebrais. Mas o que isso significa na prática?
No campo externo, esta descoberta evidencia que nossa linguagem corporal influencia muito mais em nossa imagem do que a linguagem verbal, afinal, o cérebro reptiliano é o responsável por movimentos voluntários como respiração, postura, andar, dentro outros aspectos neurolinguistico.
E tal conceito, se bem aplicado, pode ser de grande utilidade para o nosso autoconhecimento pessoal e, por consequência, para conhecer melhor aos outros, pois permite um mapeamento humano que pode ser utilizado para identificar estados emocionais, racionais e irracionais, tanto de nossos familiares, amigos, clientes, colegas de trabalho, etc.
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