Existem ideias que catalisam o desenvolvimento humano, lançando um novo olhar sobre situações já familiares e permitindo a ressignificação e a atualização do aprendizado. Um livro que fala sobre o sexto sentido, você já leu A mente intuitiva? Então dá uma olhada!
O autor
Autor do livro “A mente intuitiva: o poder do sexto sentido no dia a dia e nos negócios”, Eugene Sadler-Smith é um professor de Comportamento Organizacional na Surrey Business School, no Reino Unido. Sadler-Smith compõe a junta editorial de diversos periódicos de saúde e desenvolvimento humano.
O que é sexto sentido?
A intuição, também conhecida como sexto sentido, é um processo de tomada de decisões feitas com base em sensações físicas, sentimentos e pensamentos que podem ser involuntários e inconscientes. Muitas pessoas veem a intuição como algo sobrenatural ou divino e sua existência ainda é algo pouco esclarecido para a ciência.
A intuição pode envolver desde um processo de raciocínio simples, que pode passar despercebido pela mente consciente, pode vir da prática continuada de algo, originando nova visão sobre o que é pensado constantemente, e também pode ser considerada a conclusão a que chegamos a respeito de um problema complexo sem ter raciocinado sobre ele.
Os dois tipos de mente
O modelo das duas mentes foi tema de diversas pesquisas psicológicas e evoluiu para abranger outros campos de estudo, como a biologia evolutiva e a neurociência cognitiva. Veja abaixo os dois tipos de mente:
- Mente analítica: é um sistema desenvolvido recentemente (córtex frontal e pré-frontal) que tem o poder de monitorar, intervir e anular a mente intuitiva, sendo o peso cognitivo carregado e que pode resolver muitos problemas intelectuais e computacionais exigidos pelos desafios da vida. São os pensamentos sobre a experiência de ser “eu” que o consciente analítico determina e busca controlar. É um tipo de mente que trabalha sob o pressuposto de ser dominante, quando na realidade a mente intuitiva é que tem maior influência sobre nós e o que pensamos.
- Mente intuitiva: é o conjunto de sistemas mais antigos do ser humano (cérebro primitivo), é ágil e rápido, operando sem esforço em conjunto com a mente analítica. Este sistema é poderoso quando confrontado com processos importantes, tais como os sociais, estéticos, criativos e morais.
Ambos os tipos de mente são fundamentais para a tomada de decisões na vida pessoal e em negócios, por exemplo, especialmente quando as empresas e instituições focam no desenvolvimento de seus funcionários, na sustentabilidade, responsabilidade e ética. Além disso, os dois tipos de mente estão em constante embate, um movimento inerente à psique humana.
Características da mente intuitiva
A mente intuitiva e inconsciente nos influencia cotidianamente, embora ignoremos maior parte do poder que ela possui. A mente intuitiva é composta de quatro características:
- Fala a linguagem dos sentimentos: as mensagens vêm carregadas de emoção.
- É rápida e espontânea: não é algo forçado ou planejado.
- É holística: engloba os aspectos biopsicossociais do indivíduo em suas diversas dimensões.
- Oferece hipóteses, não certezas: por isso é preciso distinguir intuições precisas das imprecisas.
A linguagem dos sentimentos
Através da mente intuitiva, os sentimentos “falam” de forma que a mensagem se torne atraente para que possamos dar-lhe ouvido. Uma das características que mais contribuem para a modificação do comportamento de qualquer organismo, incluindo os humanos, é o ato de sentir a si mesmo. A intuição é visceral e o próprio indivíduo sabe disso, ele é movido por sentimentos interiores através do raciocínio mais ou menos consciente. São aqueles momentos em que sentimos que devemos fazer uma coisa ao invés da outra, e nem sempre esses pensamentos são levados em consideração. É preciso que o indivíduo esteja atento, respeite esses momentos e abra espaço para ouvir a si mesmo, entender o que aquela mensagem quer dizer. Por outro lado, os sentimentos de intuição podem ser poderosos ao ponto de convencer o indivíduo de que um julgamento intuitivo é válido e correto, embora muitas vezes não saiba explicar o porquê.
Julgamentos intuitivos
Os julgamentos intuitivos podem ser persuasivos, precisos e imprecisos, ou seja, é preciso uma capacidade de distinguir e descartar intuições imprecisas e fracas, das que possuem algo potencialmente útil para nos dizer. O autor afirma que a intuição tem crescido o suficiente para que se torne cada vez mais difícil ignorá-las. São convicções de poderosos insights, onde os sentimentos podem assumir o controle dos pensamentos e das ações.
Intuição rápida e espontânea
A intuição chega à consciência etiquetada com sentimentos positivos ou negativos, sendo que quando são negativas geralmente são marcadas como algo a se evitar, e quando positivas são geralmente um sinal de atração. Ignorar as intuições pode levar a tomar uma decisão equivocada e cara ao indivíduo e segui-la cegamente pode levar a sérias consequências no futuro, sendo que a priorização da intuição pode levar a maior qualidade de vida pessoal e no trabalho. Quando a intuição chega de forma rápida e espontânea é preciso complementá-la com mais dados objetivos que possam ser referências úteis para determinar se uma decisão feita “com o coração” trará mais benefícios do que empecilhos. Desse modo, ela ocorre além da vontade do próprio indivíduo, de maneira involuntária e inesperada, por exemplo ao confiarmos em alguém que acabamos de conhecer ou ter uma reação instantânea às situações complexas.
A mente intuitiva holística
A mente intuitiva é holística pois é ampla em sua abrangência e permite ver as situações de modo geral, envolvendo um processo de corpo e mente, onde o pensamento e os sentimentos trabalham em conjunto e não de forma separada. Dessa forma, os julgamentos intuitivos são sentidos de forma integral e por isso são chamados de “viscerais”, e devem ser colocados à prova para, com o tempo, promoverem as mudanças adequadas. É importante notar que não existe certo e errado mas, sim, o adequado para cada pessoa. Por isso a intuição é importante para o autocuidado integral, para entender e sentir aquilo que toca o indivíduo e qual a maneira que lhe toca, para que possa adquirir mais autoconhecimento e resiliência.
E você, ficou interessado em entender melhor os processos inconscientes? Aprenda Hipnose Clínica sem sair de casa!
Terapeuta e hipnólogo, você busca uma ferramenta para potencializar os resultados com seus pacientes e, assim, gerar mais satisfação? Deseja ressignificar fobias e traumas? Quer utilizar os recursos da mente a seu favor? Faça nosso curso de hipnose online!
Referências:
SADLER-SMITH, E. La mente intuitiva: cómo aprovechar el poder de tu sexto sentido. Editorial UOC. 2010.
Conheça mais:
Gostou de nosso post? Compartilhe: